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Que o Brasil entra como o principal favorito na Copa do Mundo da Alemanha ninguém mais ousa discutir. Nem mesmo os adversários. Se por aqui o técnico Carlos Alberto Parreira quebra a cabeça entre Alex e Ricardinho; Júlio Baptista e Ricardo Oliveira; e Gilberto e Gustavo Nery para definir o grupo de 23 convocados para o Mundial, os concorrentes da seleção brasileira recorrem ao talento tupiniquim para reforçarem seus times.

Além do "time dos sonhos de Parreira", serão pelo menos outros dez conterrâneos espalhados pelo Mundial a defender o uniforme de outras pátrias. Em Portugal, o pentacampeão Luiz Felipe Scolari fez do luso-brasileiro Deco o substituto do gajo Rui Costa. Graças às suas boas atuações – quem não se lembra do gol de falta na vitória portuguesa por 2 a 1 sobre o Brasil em partida amistosa (2003) – o meia do Barcelona venceu a restrição dos mais nacionalistas e hoje comanda, juntamente com Luís Figo e Cristiano Ronaldo, os rubro-verdes.

Felipão confia neste trio para colocar Portugal entre as oito melhores equipes da Copa. "É claro que todo o treinador sonha em ser campeão, mas sabemos da força de Brasil, Itália e Alemanha. Por isso o nosso objetivo é ficar entre as oito melhores seleções", afirmou ele, em entrevista à rádio Jovem Pan, de São Paulo.

Há ainda outros bons exemplos no Velho de Mundo de atleta que sem espaço na terra natal se tornou peça-chave de sua nova nação. É o caso de Kevin Kuranyi. Pouco conhecido no Brasil, o atacante de 23 anos é disputado a tapa na pouco talentosa Alemanha. O Schalke 04 pagou 7 milhões de euros para tirar o jogador do Stuttgart. Kuranyi é ao lado de Balack a esperança germânica para não fazer feio dentro de casa. Enquanto isso, o centroavante Eduardo ajuda a Croácia a esquecer do gols do já aposentado Davor Suker, artilheiro da Copa da França, com seis gols.

No Japão, por sua vez, Zico é rei. Classificado para o Mundial com uma certa antecedência, já que as Eliminatórias asiáticas foram as primeiras a acabar – apenas Barhain e Urbequistão seguem jogando por um lugar na repescagem –, o Galinho de Quintino conta com o futebol do meio-campista maringaense Alex para fazer o país confirmar sua ascensão dentro do futebol. Se na França, em 98, os japoneses perderam os três jogos que disputaram, em 2002, em casa, chegaram até as oitavas-de-final, quando foram eliminados pela Turquia. A tarefa de Zico é superar essa marca.

Até mesmo na África há registros da soberania verde e amarela. Francileudo Santos é o matador da Tunísia, que tem pela lateral-esquerda Clayton, titular na Copa da França.

Os brasileiros estão igualmente representados em nossos vizinhos latinos. Comandada por Alexandre Guimarães, a Costa Rica se classificou neste fim de semana para o seu terceiro Mundial, após participar das Copas de 90 (Itália) e 2002 (Japão/Coréia). Já o meia Zinha compõe, o que é considerado pela imprensa local, como o melhor elenco mexicano dos últimos anos.

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