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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

De árbitro de futebol a homem-forte do esporte no Paraná, Evandro Rogério Roman (foto) celebra o primeiro ano da Secretaria de Esportes – antes autarquia Paraná Esportes –, e seu segundo ano no posto de secretário. E afirma que vai ver, em 2013, a verba que administra chegar a R$ 70 milhões.

São dois anos à frente da pasta de Esportes do governo e, nesta semana, a Secretaria completou um ano de existência. Em que o estado avançou?

Neste ano administramos cerca de R$ 12 milhões; no ano que vem, serão cerca de R$ 70 milhões entre orçamento, parcerias com ministérios, outras secretarias estaduais, empresas públicas e privadas. Plantamos muitas sementes nesses dois anos e vamos começar a colher. A mais visível é o TOP 2016 [programa de bolsa a atletas, com verba da Copel e Sanepar]: neste ano, investimos R$ 7,3 milhões no projeto; no ano que vem, serão R$ 10 milhões. Fizemos mudanças na execução dos Jogos Escolares e Abertos e os primeiros Jo­­gos Paradesportivos.

O que faltou?

Temos um entrave que é o Segundo Tempo [programa de esporte nas escolas, com financiamento do Ministério do Esporte, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação. Em 2011, o projeto foi suspenso no Paraná, mesmo com dinheiro em caixa]. Em 2012, tocamos a proposta no modelo antigo, que não era o ideal e vamos devolver cerca de R$ 2,6 milhões ao Ministério. No ano que vem, vamos receber R$ 5 milhões e desenvolver um projeto piloto, o Modalidades, totalmente organizado na Secretaria de Esporte. Serão contratados cerca de 100 profissionais de Educação Física para 52 escolas.

Por que o nome "Segundo Tempo Modalidades"?

Se deixar, a maioria das escolas limita o programa aos jogos de futsal, que é muito praticado no estado, mas não é olímpico. Outros esportes podem revelar talentos para as Olimpíadas Escolares, podemos investir em modalidades como o skate, que tem baixo custo e muitos praticantes.

Você tem falado que Curitiba precisa ter um ginásio multiuso próprio. O que o governo tem feito?

Estamos trabalhando em algo, mas não vou comentar.

O Atlético diz que vai construir a Areninha. Curitiba tem estrutura para receber dois ginásios para eventos de porte internacional?

Não. Um ginásio é essencial para a cidade, que tem uma agenda cultural intensa e um público exigente. Mas não sei se utilizaria bem duas.

E o Tarumã? Quais os planos?

Vamos fazer, em 2013, mais uma reforma. Mas sabemos que essas reformas são para que o Tarumã abrigue competições menores. É um local ultrapassado pelas exigências atuais.

O governador Beto Richa deve sancionar, nos próximos dias, a Lei de Incentivo local. Você espera ajustes no texto final?

Sim, agora, vamos agir com muita calma para fazer o que seja melhor para o atleta, porque, depois de assinada, não vamos poder mudar a lei. Eu sugiro que a idade mínima dos atletas contemplados caia de 14 para 12 anos. Teremos de criar uma diretoria da Lei de Incentivo, para assessorar os proponentes, selecionar os projetos com critério.

Neste ano, você pediu afastamento da arbitragem do futebol e saiu do quadro da Fifa. Sente falta dos gramados?

Muita. Tanto que vou voltar a arbitrar no ano que vem, em maio, no Brasileirão. Tive de pedir afastamento porque meu pai estava com um câncer e quis acompanhá-lo no fim de sua vida. O que queria conquistar, que era compor o quadro da Fifa, eu já havia conquistado.

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