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Yokohama – Estádio de Yokohama, Japão. Acréscimos de Barcelona 4 x 0 América. Ronaldinho, em pouco espaço, com grande habilidade, se livra da marcação de dois adversários, vê o goleiro adiantado e chuta com categoria. A bola, ingrata, não entra. Bate no travessão. Os mais de 60 mil japoneses, mesmo assim, levantam-se e aplaudem o craque. A jogada valeu o ingresso. O gol, naquela ocasião, era de menos.

O principal foi o show do gaúcho, em dia (ou noite) de Pelé. Tudo o que não fez no Mundial da Alemanha Ronaldinho fez no do Japão. Sorte dos espanhóis. Ruim para os brasileiros. O astro gaúcho – com grande ajuda do meia Deco – colocou o Barcelona na final. E, agora, domingo, enfrentará os antigos rivais de Porto Alegre, o Internacional, em busca do título – inédito para os dois finalistas.

Retribuiu de todas as formas o carinho dos japoneses – aliás, é o único que hoje desbanca Beckham em popularidade na Ásia. "Parece que estou em Barcelona, sempre que venho ao Japão sou bem recebido."

Num dos primeiros lances, com passe de letra, iniciou a jogada do gol de Gudjohnsen. Depois, deixou para trás algumas vezes o brasileiro Fabiano, volante do time mexicano. E viu Rafa Márquez, de cabeça, fazer 2 a 0, ainda no primeiro tempo.

O intervalo lhe fez bem. Voltou ainda melhor ao palco em que conquistou com a seleção a Copa de 2002. Naquele confronto com a Alemanha foi apenas coadjuvante de Ronaldo e Rivaldo. Ontem, como protagonista, acabou de vez com as chances do América ao marcar o terceiro gol, em bela finalização no ângulo esquerdo de Ochoa.

Antes do fim – e de seu mais belo lance, que parou no travessão – passou para o ótimo coadjuvante Deco, o segundo melhor em campo, encher o pé: 4 a 0. "Pareceu fácil, mas foi difícil, o América tem equipe forte", analisou Ronaldinho. "E a final contra o Inter vai ser dura, não somos favoritos."

O ex-gremista vai fazer história também na segunda-feira, ao ganhar pela terceira vez consecutiva o prêmio de melhor jogador do mundo em eleição da Fifa.

Ronaldo e Zidane já receberam a premiação três vezes, mas não em temporadas consecutivas.

Em Yokohama

América 0Ochoa; Castro, Óscar Rojas, Ricardo Rojas e Davino; Fabiano Pereira (Mendoza), Villa, Argüello e Cabañas (Blanco); López (Matias) e Cuevas. Técnico: Luis Fernando Tena.

Barcelona 4Valdés; Zambrotta, Puyol, Rafa Márquez e Van Bronckhorst; Motta (Xavi), Iniesta, Deco e Giuly (Belletti); Ronaldinho e Gudjohnsen (Ezquerro). Técnico: Frank Rijkaard.

Estádio: De Yokohama. Árbitro: Oscar Ruiz (COL). Gols: Gudjohnsen (B), aos 10, e Rafa Márquez (B), aos 29 do 1.º tempo; Ronaldinho (B), aos 20, e Deco (B), aos 39 do 2.º tempo. Amarelo: Fabiano e Claudio López (A). Público: 62 mil pagantes.

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