Weggis, Suíça Principal produto do futebol mundial na atualidade, Ronaldinho Gaúcho está tendo na pacata cidade de Weggis uma pequena amostra da responsabilidade que o acompanhará na Copa da Alemanha.
O meia-atacante tem sido o principal responsável pela invasão diária de turistas no balneário suíço. Basta ele entrar no gramado do campo de treinamento para o público se perder em gritos histéricos. É quase um acontecimento.
Não há clube brasileiro, por exemplo, com mais camisa no Estádio Thermoplan que o Barcelona. "Se eu disser que eu não estou gostando desse momento, é mentira. Meu time vai bem, as coisas vêm dando certo... Que essa fase siga por muito tempo", comentou a estrela.
A invasão de campo no treino de sexta-feira só completou o roteiro de loucuras para ver o melhor do mundo. Enquanto uma torcedora lhe agarrava em campo para o desespero dos seguranças, outros tantos já se amontoavam próximo à entrada do vestiário com a idéia de pegar um autógrafo.
Ronaldinho tem atendido a todos, na medida do possível. Apesar de toda badalação, concede entrevistas diárias, ao contrário de outros colegas de grupo. Também faz questão de agradecer o carinho dos fãs com constantes acenos.
Quem conheceu de perto esse estilo foi a família Lima, que escolheu a Suíça para passar férias justamente por causa do ídolo. Vieram de São Paulo, após comprar os ingressos dos treinos pela internet, carregando uma faixa escrita "Ronaldinho, gostaríamos de um autógrafo". Foram atendidos. Marcelo ganhou lembranças na camiseta oficial do Barça. Era a alegria completa para a esposa Gislene e os pequenos Gustavo, 9 anos, e Ana Tereza, 8.
Os atos de gentileza são muitos e vão da assinatura num pedaço de papel até ajudar os fotógrafos a solucionar a falta de imagens. Quando a delegação desembarcou na Europa, há uma semana, o atleta aceitou servir de modelo. Ficou postado na entrada do hotel, com bandeira do Brasil ao fundo. Era a pose ideal para "salvar" o dia de trabalho.
"Meu sonho é seguir a trajetória de grandes jogadores do passado, como Pelé, Maradona e Beckenbauer. Vencer o maior número possível de títulos e ser lembrado com alguém que fez muito pelo esporte", explicou. "Mas não me preocupo em ser o nome da Copa. Quero ser campeão jogando em um grande grupo."
O astro de 26 anos chega ao torneio da Fifa com o moral de ter conquistado os títulos espanhol e europeu. Pela seleção, contabiliza 80 convocações, 65 jogos e 29 gols desde 1999.
Fora de campo também dá show. Em 2005, faturou R$ 36,6 milhões em publicidade e R$ 22,2 milhões em salários. Nenhum outro jogador ganhou mais durante a temporada nem mesmo o rei do marketing David Beckham.
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