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A previsão de Jean Carlos Chera não deixa dúvidas de onde ele quer chegar: no topo do mundo da bola. Tem estilo parecido ao de Ronaldinho Gaúcho, lança, dá arrancadas, dribles desconcertantes e muitos gols. A diferença é que Ronaldinho Gaúcho está hoje onde Jean quer chegar amanhã. Ele próprio não tem dúvidas de que vai longe. Tem só 11 anos e já é apontado pelo técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, como o melhor do mundo em sua categoria.

Ao contrário da maioria dos jogadores, Jean nunca passou dificuldades. O pai, Celso Chera, é sócio de uma madeireira em Sinop (MT). Mesmo renovado o contrato com o Santos, de R$ 3 mil para R$ 9 mil mensais, segue analisando propostas. O acordo vai até 2011, quando Jean fará 16 anos e estará ganhando R$ 19 mil – reajuste anual de R$ 2 mil. Só em 2005, Jean visitou a Alemanha, a Espanha e o Catar. Neste, recebeu R$ 60 mil numa partida com o time fraldinha do Aspire, equipe local.

Pouco antes de receber a Gazeta do Povo em seu apartamento em Santos, há uma semana, Celso falava ao telefone com representantes do PSV, da Holanda. Negou a transferência, mas avisou ao Peixe que o assédio está grande. Só não sai do país por receio da adaptação do filho no exterior. A idéia de Celso é lançar Jean no profissional quando o garoto completar 16 anos. Hoje, ele já poderia atuar em uma categoria dois anos acima, como fazia no ano passado, e ainda ser a estrela.

Depois de encaminhar Jean, voltará as atenções para Juan, o caçula de três anos. Até nisso a história se parece à de Ronaldinho Gaúcho. O craque do Barcelona é irmão mais novo de Assis, jogador que despontou no Grêmio em meados dos anos 1980, chegou a ser roubado pelo Torino da Itália com 16 anos, enquanto o caçula iniciava nas categorias de base do time gaúcho. Assis provou ser um bom jogador, mas tecnicamente inferior ao irmão. Jean e a família não duvidam que a história se repetirá. Com uma ressalva de Jean: "O Ronaldinho Gaúcho serei eu".

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