Rubinho Barrichello procura patrocínio para continuar na Fórmula 1

• 0

Como pode um piloto que já foi duas vezes vice-campeão do mundo e venceu em algumas ocasiões o alemão Michael Schumacher, o primeiro em quase todas as estatísticas da Fórmula 1, prestar-se a encontrar patrocinadores para permanecer na competição? Essa pergunta que muitos fãs de Rubens Barrichello se fazem atualmente. E ele mesmo responde: "Se tivesse de tirar do meu bolso para correr, aí sim, estaria ferindo meu orgulho e amor próprio, o que não é o caso. Isso, na realidade, só mostra o quanto eu sou apaixonado pela velocidade "

Rubinho irá disputar no fim de semana, em Interlagos, o seu GP de número 270 na Fórmula 1. É o piloto que mais provas disputou na história da categoria, outra das suas proezas. Apesar disso, a Honda não lhe garante a vaga para a temporada 2009. E, por esse motivo, ele negocia também com a Toro Rosso, para onde teria de levar investidores se quisesse pilotar lá.

"Estou oferecendo às empresas dar nome ao carro", disse Rubinho, que recebe nesta quarta-feira os cerca de 60 integrantes da Honda no Kartódromo da Granja Viana, na Grande São Paulo, para a disputa de um torneio de kart. "Vai todo mundo do nosso time, até as moças da cozinha."

Em todas as suas conversas mais recentes, a preocupação maior de Rubinho é não deixar a torcida acreditar que o GP do Brasil será a sua corrida de despedida da Fórmula 1. "Não me passa sequer pela cabeça", garantiu o piloto de 36 anos. "Só posso dizer que quem trabalha comigo conhece muito bem a minha juventude, o quanto eu posso produzir com a experiência adquirida. Só não fui campeão mais de uma vez por causa de algumas regras impostas pela Ferrari."

Outro questionamento que ficou no ar referente às últimas declarações de Rubinho é seu conselho ao jovem piloto Bruno Senna, que luta por um lugar na Fórmula 1 em 2009: não correr pela Honda. "Não há interesse pessoal algum nisso. É, sim, uma pena dois brasileiros lutarem pela mesma vaga. Desaconselho o Bruno estrear agora na Fórmula 1. Sem muita experiência como piloto, poderia se queimar. Seria muito melhor para sua carreira trabalhar um ano como piloto de testes antes de largar em Melbourne ano que vem", explicou.