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Depois das fortes críticas de Kléber na segunda-feira, o Palmeiras decidiu "blindar" seus jogadores. Nesta terça (15), somente o gerente de futebol César Sampaio veio a público para defender o clube. Ele desmentiu as declarações do atacante e negou que os atletas queiram a saída do técnico Luiz Felipe Scolari.

Sem dar detalhes, Sampaio admitiu que o grupo sofre com problema de relacionamento. Mas rejeitou a afirmação de Kléber de que "80% dos jogadores não gostam do Felipão". Preocupado com o clima no Palmeiras, o dirigente recém-empossado revelou ter cogitado a demissão do treinador, mas os jogadores negaram problemas com a comissão técnica.

"A primeira coisa que fiz quando cheguei foi me reunir com o presidente para colocar a minha visão do grupo. Com quatro dias de trabalho, senti que precisava fazer alguma coisa. Podia ser até a demissão do Felipão. Me reuni com a comissão técnica e falei para o Felipão: 'o motivo do baixo rendimento é você. Vamos ter que mudar'. E o Felipão concordou. Mas depois me reuni com o grupo e os jogadores falaram que não havia nenhum problema com a comissão técnica, que o Felipão não era o problema", disse Sampaio.

O gerente de futebol afirmou que está acostumado a ver times cujos treinadores não contam com 100% de apoio do grupo. "Já tive bronca com muito treinador. Agora temos que deixar as diferenças de lado e pensar na nossa causa [fugir do rebaixamento]", disse o ex-jogador, que fez uma comparação com o time campeão brasileiro de 1993, do qual fez parte. "O Palmeiras de 93 tinha muitos problemas de relacionamento. A gente até chegava às vias de fato no intervalo das partidas. Mas o mais importante era o Palmeiras".

Diante da polêmica em torno das declarações de Kléber, Sampaio explicou que o grupo ficará "blindado" até garantir a permanência na Série A. "É uma estratégia para não expor o elenco. Qualquer posição do grupo hoje pode prejudicar muito o lado emocional até o fim da competição. Houve problema de relacionamento no grupo, mas isso deve ser resolvido entre nós", declarou o dirigente, sem esconder a preocupação com o futuro do time.

"Enquanto não garantirmos a permanência na elite do Brasileiro, o nosso ano está em jogo. Por isso estamos preservando o grupo. Depois resolveremos essa situação. Não dá para entrar em 2012 com as coisas mal resolvidas", afirmou Sampaio, já prevendo mudanças para o próximo ano. "O Palmeiras se tornou um time sem identidade e isso tem atrapalhado bastante. Precisamos qualificar o elenco e também buscar jogadores mais experientes".

PRÓXIMO JOGO - Sampaio negou que o Palmeiras vá reduzir o ritmo diante do Vasco, na quarta-feira, para prejudicar o Corinthians na briga pelo título. Vice-líder, o time carioca soma os mesmos 61 pontos do arquirrival do Palmeiras. "Isso não existe. Sempre temos que buscar o melhor para o Palmeiras. Mesmo que a gente já tivesse se salvado ou se classificado para a Libertadores, a gente não permitiria que os jogadores quisessem ajudar ou prejudicar outro time", garantiu.

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