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São Francisco do Sul é o mais novo e inédito destino do surfe masculino mundial. De quarta-feira a domingo, a ilha do litoral norte de Santa Catarina vai receber o Gatorade Surf Classic, etapa nível 4 estrelas do WQS, a divisão de acesso. Noventa e seis surfistas vão disputar os 1.500 pontos no ranking que classifica os 15 melhores para o WCT, a divisão de elite. Nas ondas da Praia da Saudade, ou Prainha, como é mais conhecida, praticamente só brasileiros vão competir. O uruguaio Marco Giorgi será o único estrangeiro na etapa, já que os demais se encontram em Pantín, na etapa também 4 estrelas que acontece no mesmo período da disputa no litoral catarinense.

Esta será uma ótima chance para os brasileiros marcarem pontos para o ranking da divisão de acesso. Alguns surfistas chegaram cedo a São Chico, como é carinhosamente apelidada a cidade, para se prepararem para a competição. Embalados pelo WQS 6 estrelas de Ericeira, Portugal, último da importante "perna européia", que terminou no sábado, os melhores surfistas brasileiros já treinavam na Prainha desde segunda-feira.

Dois dos maiores nomes do surfe brasileiro já testavam suas pranchas nas ondas onde serão disputadas os pontos desta 27ª etapa do WQS. O paraibano Fábio Gouveia, dono de dois títulos brasileiros, em 1998 e 2005, e de vários feitos inéditos na história do circuito mundial, começou cedo seus treinos em São Chico para cumprir as expectativas de bons resultados na etapa.

- Eu espero me dar bem. Quero conseguir um bom resultado no evento – deseja o "Fabuloso", como ficou conhecido pelo seu estilo "solto" de surfe depois do lançamento de um filme sobre sua carreira, por meio da assessoria de imprensa do evento.

O paranaense Peterson Rosa, tricampeão brasileiro que já morou em São Chico, também caiu no mar da Prainha para testar suas pranchas e conhecer melhor as condições do local de competição.

- Vim olhar as ondas, pois gosto de chegar cedo nos lugares dos campeonatos. É bom conhecer as ondas para na hora da bateria não ficar perdido dentro da água. Gosto muito da Prainha, tenho bons amigos aqui – diz o surfista.

O joinvillense Jean da Silva chega a São Chico com duplo ânimo. Na etapa de Ericeira, ele foi o último brasileiro a ser eliminado, ficando em 19o lugar, empatado com o cearense Thiago de Souza e tem chances reais de ingressar no grupo de elite do surfe, já que, agora, está em 22o no ranking WQS. Além disso ele vai contar com apoio maciço da torcida, já que mora na ilha e vai ter o prvilégio de correr em casa a etapa.

Outro catarinense, Alejo Muniz, chega à Prainha com gosto de bons resultados. Ele é um dos mais jovens iscritos – tem apenas 17 anos – mas é uma das grandes promessas futuras para o WCT. Alejo está animado com a competição por ser em ondas que conhece muito bem.

- Eu acho que tenho potencial para fazer um bom resultado. Eu já vim várias vezes aqui para competir no Circuito Catarinense Amador, conheço bem a Prainha e gosto bastante da onda. Cheguei um pouquinho antes para treinar para ver se ganho uma vantagem em cima dos outros competidores – aposta Alejo.

Confronto de gerações

Um dos espetáculos à parte em São Francisco do Sul vai ser a bela disputa de diferentes gerações do surfe brasileiro. Na água, alguns com quase 40 anos vão dividir suas experiências com outros com metade de suas idades. Entre os mais experientes, Fábio Gouveia e Peterson Rosa, ambos com mais de 30 anos, vão disputar o título com os jovens Jessé Mendes, o mais novo entre os inscritos, com apenas 14 anos, Miguel Pupo, com 15, Ícaro Ronchi, de 16, e Alejo Muniz, 17.

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