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Após o término de uma longa negociação, pontuada pelo São Paulo nesta sexta-feira como uma "novela de final feliz para o clube e Paulo Henrique Ganso", a diretoria tricolor finalmente pôde comemorar a contratação do meio-campista. O clube ainda teve de conviver com problemas judiciais envolvendo o Santos e a DIS, detentora de parte dos direitos do atleta e que ajudou a pagar os R$ 23,9 milhões referentes à fatia do jogador que pertencia ao time santista. Agora, porém, vê seu esforço recompensado e aproveitou o sucesso da trabalhosa empreitada para ressaltar o desejo do atleta de trocar a Vila Belmiro pelo Morumbi.

"É jovem, talentoso e com o nosso perfil. Mais uma vez o São Paulo mostrou força em fazer parte de uma negociação de grande relevância no futebol brasileiro, assim como foram as vendas de Lucas e Oscar e a contratação de Luis Fabiano", afirmou o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio, por meio do site oficial do São Paulo, ao lembrar as mais recentes negociações milionárias envolvendo atletas de destaque do time, assim como o retorno do atacante que é um dos grandes ídolos do clube.

Já o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista, que foi o responsável direto pela contratação ao liderar as negociações para o clube, destacou que o papel de Ganso foi fundamental para que a contratação fosse sacramentada.

"O Ganso demonstrou durante toda negociação uma vontade enorme em defender o São Paulo, abriu mão de coisas grandes e foi firme no seu desejo. Se não fosse a vontade dele, teríamos desistido. Mas, conforme fomos convivendo, dialogando, nosso interesse aumentou. Cada vez ficamos mais convencidos que era o jogador certo e que tem o perfil do São Paulo. Sua vontade foi determinante e hoje nossa alegria em tê-lo conosco é incomensurável. Nossa equipe vai ganhar muito com sua chegada", enfatizou o dirigente.

Adalberto também salientou que Ganso chegará para suprir a futura ausência de Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain e que deixará o São Paulo ao final deste ano. "O interesse (em Ganso) se iniciou antes da Olimpíada. No início de julho tivemos o primeiro contato com a diretoria do Santos, pois já sabíamos que dificilmente conseguiríamos segurar o Lucas. Havia o interesse forte do PSG, Manchester (United) e Inter de Milão e precisaríamos repor uma peça a essa altura. Pensamos no Ganso porque, dentre os três principais nomes do mercado, o Ganso era o único com o qual poderia haver negócio", completou, antes de citar que Neymar seria a outra única opção, hoje considerada impossível de ser contratada devido ao seu milionário acordo com o Santos, para suprir a saída já programada de Lucas.

"Primeiro pela qualidade técnica. É um jogador que vai agregar muito à equipe. Nos últimos cinco, seis anos, ele, Neymar e Lucas são, sem dúvida, os melhores jogadores que surgiram no País. Com a venda do Lucas quase concretizada e o Neymar fechado com o Santos, o único que poderia suprir nossa necessidade era o Ganso", garantiu, em entrevista ao site oficial do São Paulo.

O dirigente ainda exaltou a importância da DIS na negociação com o Santos, que não facilitou a vida do São Paulo, apesar do desejo confesso de Ganso de passar a defender o time do Morumbi. "A DIS foi muito importante, também em virtude da vontade do Ganso. Do ponto de vista financeiro foi fundamental porque o São Paulo tinha um limite inicial de 12, 13 milhões de reais, chegou nos 15 e depois 16 e a DIS complementou o valor com quase 7,5 milhões pra pagar o valor da multa. Depois disso, com essas novas exigências de envolver até negócios de terceiros, a DIS foi flexível para viabilizar e efetivamente foi uma grande parceira nesta transação", enalteceu.

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