• Carregando...

A proposta está na mesa. Ontem à tarde o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, conheceu a oferta do São Paulo para levar o atacante Dagoberto – formulada anteriormente numa reunião com o representante do jogador, Marcos Malaquias. Agora depende do Rubro-Negro aceitar as condições apresentadas para a negociação.

No entanto, a quantia que o Tricolor paulista está disposto a desembolsar não chega nem perto da atual cláusula rescisória do contrato de Dago para transferências nacionais: R$ 16,2 milhões. É inferior até à multa de R$ 5,4 milhões, que estaria valendo caso o Atlético não tivesse conseguido temporariamente na Justiça a prorrogação do vínculo do jogador por 250 dias, evitando que entrasse no último ano e o valor da rescisão sofresse a redução prevista por lei.

Para iniciar a conversa, a oferta do presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio, ficou entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões, mais a cessão de um ou dois jogadores ao Furacão. Dagoberto assinaria contrato por cinco anos.

Obviamente não é a proposta ideal. Porém o que pode facilitar é o acerto de uma participação do Atlético quando o atacante for vendido futuramente.

Malaquias entende que, por temer a queda da decisão judicial que favorece o clube, a diretoria atleticana pode negociar Dago mesmo não obtendo o lucro planejado. "Temos certeza de que essa liminar será derrubada. Acho que eles também sabem disso e por isso resolveram nos procurar para encontrarmos uma solução. Verificamos o interesse do São Paulo e agora só depende do Petraglia", contou.

Segundo ele, não interessa ao Atlético a possibilidade de emprestar o atacante porque, caindo a prorrogação judicial do contrato, o clube poderia perder o atleta sem receber nada. "Se isso acontecer, em janeiro (faltando seis meses para o encerramento do compromisso com o Furacão) o Dagoberto poderia assinar um pré-contrato com qualquer outro clube", disse Malaquias.

Sabendo da possibilidade de ter algum reforço do São Paulo, o técnico Oswaldo Alvarez prontamente se interessou no atacante Lima e esnobou o meia Rodrigo Fabri – únicos nomes conhecidos que não completaram o limite de sete jogos no Brasileiro. No entanto, Lima assinou ontem com o Botafogo e deixou de ser moeda de troca. Vadão ficou de consultar o treinador são-paulino Muricy Ramalho sobre outros jogadores em disponibilidade.

A diretoria rubro-negra não se pronunciou sobre o assunto. No São Paulo, um dirigente, que pediu para não ser identificado, disse que o "rancor" atleticano – causado pela conturbada saída do atacante Aloísio da Baixada – pode atrapalhar a negociação: "O interesse no Dagoberto é antigo, mas acho difícil o Atlético aceitar o negócio, por todos os problemas que já aconteceram entre os dois clubes."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]