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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Aurival brecou apuração, diz líder da oposição

Sérgio Junqueira, articulador da oposição, contou ontem em entrevista à rádio Band News, por que, mesmo não pretendendo fazer parte da política do clube, está tentando promover um bate-chapa no Paraná: Aurival Correia, atual presidente em exercício e vice de finanças na duas gestões de José Carlos de Miranda. Ouvidor do clube por quatro anos, Junqueira tentou investigar várias denúncias, mas diz sempre ter sido travado por Correia. "O Aurival é a pessoa encarregada de impedir todas as investigações no clube. Todos os documentos passavam sem poder ser investigados com a assinatura dele. Era uma pessoa em quem eu confiava. Mas quando ele percebeu que eu estava descobrindo as coisas, em vez de me agradecer, disparou uma perseguição contra mim", diz.

Entre as descobertas de Junqueira estariam, principalmente, a desvalorização de terrenos do Paraná, como um em Quatro Barras e um no Litoral, para que fossem doados a terceiros e "falcatruas em ações trabalhistas". (MR)

Os jogadores paranistas, principalmente os mais antigos no clube, admitem estar sentindo falta da "escolinha do professor Miranda". Afinal, se acostumaram a ouvir o presidente afastado nas palestras antes de cada partida, a conviver com ele em todas as viagens e quase diariamente na Vila Capanema.

"Estava há dois anos escutando ele nas preleções. Era um dirigente muito participativo, sempre conversando conosco, nos apoiando. É uma situação complicada não tê-lo mais por perto, ninguém esperava o que aconteceu, mas o grupo está se acostumando", disse o zagueiro Neguete.

Há mais de três anos no Tricolor, o volante e capitão Beto – atualmente fora da equipe por causa de um traumatismo craniano – é outro que tinha José Carlos de Miranda como referência.

"Sempre confiei nas palavras dele. Fiquei muito surpreso por ele ter assumido toda a situação", contou o jogador, se referindo à entrevista do ex-presidente à Gazeta do Povo há uma semana, admitindo ter recebido dinheiro de empresários por fora. "Mas é um ser humano, sujeito a errar. Precisa rever o que fez e se recuperar", acrescentou.

Beto admitiu que, apesar da blindagem que se tenta fazer, é difícil os problemas políticos do clube não chegarem aos jogadores. "Esse tipo de coisa influencia indiretamente. Torcida, diretoria, time, vários setores precisam de harmonia para tudo funcionar direito", declarou o capitão. Ele deixou clara, no entanto, a opinião de que o principal fator que fez o rendimento da equipe despencar no Brasileiro foram as quatro trocas de treinador e, conseqüentemente, de filosofia de trabalho.

Já o lateral-esquerdo Paulo Rodrigues, contratado em julho, sem ter convivido muito com Miranda, não se mostrou tão preocupado com o assunto. "Para falar a verdade, nem estava sabendo desses problemas até pouco tempo. Só que tinha trocado o presidente. Ele falava algumas coisas de motivação antes dos jogos, mas não mudou tanto."

O lateral inclusive cita a corrupção espalhada pelo futebol brasileiro para justificar a afirmação de que tais problemas, de tão comuns, não podem afetar os jogadores. "Porque se fossem pegar todos os que fazem coisas erradas, não seria só ele (Miranda) não."

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