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Luiz Felipe Scolari durante a apresentação, ontem pela manhã, como novo técnico do Palmeiras | Nacho Doce/ Reuters
Luiz Felipe Scolari durante a apresentação, ontem pela manhã, como novo técnico do Palmeiras| Foto: Nacho Doce/ Reuters

O técnico Luiz Felipe Scolari aproveitou a apresentação oficial no Palmeiras, ontem pela manhã, para falar sobre o que realmente aconteceu nas conversas que teve, ainda na África do Sul, com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Depois de ouvir inúmeras perguntas dos jornalistas sobre o assunto, Felipão foi enfático ao dizer que revelaria o que conversou com o mandatário da seleção, desde que os jornalistas não tocassem mais no assunto.

"Nos encontramos para conversar sobre muitas coisas, muitos projetos, não só seleção. Depois de duas horas de conversa, falamos sobre o Brasil. Perguntei o que faria se estivesse em meu lugar, e ele respondeu que eu deveria vir para o Pal­­meiras, que seria bom para mim, e que eu deveria buscar alternativas para a minha carreira. Diante disso, da opinião de alguém que, em termos de seleção, é muito mais experiente do que eu, nem havia o que discutir. Acabou aí. Portanto, nem sequer houve convite para que eu pudesse responder", revelou o técnico, que comentou a Copa em uma rede de televisão sul-africana.

"Eu nunca trabalho em qualquer lugar voltado para uma segunda intenção. Se um dia eu tiver de sair daqui pra alguma coisa, o primeiro a saber será o meu presidente", disse, vestindo a camisa do Palmeiras que recebeu das mãos do presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo. "Neste momento quero encerrar essa situação. Estou me apresentando no Palmeiras e este é o time que vai fazer parte da minha vida", acrescentou.

Após a eliminação do Brasil nas quartas de final, o retorno do técnico ao comando da seleção virou assunto natural. Sobre a possibilidade de um acordo futuro, Beluzzo foi diplomático. "Por temperamento, orientação e estratégia política eu não sou intransigente e não me recuso a conversar com ninguém."

Pentacampeão pelo Brasil em 2002, Scolari comandou também a seleção portuguesa, vice-campeã europeia de 2004 e quarta colocada no Mundial de 2006. Depois, passou pelo Chelsea, da Inglaterra, de onde foi demitido. Seu último clube antes da volta ao Brasil foi o Bunyodkor, do Uzbequistão.

Antes de iniciar o trabalho no Palmeiras, pediu calma. "Até o final deste ano, tem de ter paciência. Os frutos aparecem com o decorrer do trabalho", disse ele, cujo contrato vai até dezembro de 2012.

No dia anterior, a Traffic, parceira do clube, havia fechado a venda do meia Cleiton Xavier ao Metalist Kharkiv, da Ucrânia. Felipão também lembrou da saída do meia Diego Souza, que acertou com o Atlético-MG. "Mas acredito que a Traffic, até para me fazer um carinho, vai trazer um ou dois jogadores", pediu. Três patrocinadores viabilizaram a volta do técnico ao Palmeiras: Parmalat, parceira do clube na conquista da Libertadores de 1999, comandada por Felipão, Unimed e banco Banif.

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