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Rápido mais uma vez, Feli­pão sai fortalecido da Copa das Confederações. Como em 2001, quando pegou a seleção brasileira desmontada a um ano do Mundial do Japão e da Coreia do Sul, precisou de apenas seis meses para montar sua base.

Naquela ocasião, em situação delicada nas Eliminatórias, correndo risco de nem se classificar para a Copa. Agora, passando pela provação de jogar o torneio-teste diante da torcida. Nos primeiros meses de cada trabalho, colocou exatamente a mesma quantidade de jogadores em campo: 41.

Além de dar uma cara ao time – "Gostem ou não gostem, é essa", diz –, conseguiu puxar a torcida para o lado do time e que os jogadores comprassem a ideia de uma segunda "Família Scolari", apelido pelo qual ficou conhecido o grupo pentacampeão em 2002.

Aquele título, aliás, tem muito a ver com o respeito dos atletas pelo comandante e suas ideias. "Você olha para o banco de reservas e vê campeões do mundo", afirma o lateral direito Daniel Alves, se referindo também ao coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, treinador do tetra em 1994. "Era essa referência que a gente estava precisando. Confiamos muito. [O Felipão] passa coisas superpositivas, de vencedor mesmo", completa.

A "referência" no comando trouxe estabilidade psicológica. Afinal, a maioria dos atuais titulares já jogava com o antecessor Mano Menezes. Pareciam fora dos planos apenas o volante Luiz Gustavo e o atacante Fred – que chegou a ir para a Copa América de 2011, mas disse recentemente que não se dava bem com o ex-treinador. "O Felipão é muito parceiro", fala agora.

A renovação iniciada por Mano após a queda nas quartas de final da Copa de 2010 e a saída de Dunga facilitou o trabalho. Felipão testou desde o início do ano 41 jogadores, como nos seus seis primeiros meses há 12 anos. Mas o número é potencializado pelos amistosos com Bolívia e Chile, para os quais só pôde convocar atletas que atuavam em clubes brasileiros. Contando apenas os jogos em que teve força máxima à disposição, a quantidade cai para 28.

O time-base que terminou 2001 – após uma vexatória eliminação contra Honduras na Copa América, mas a vaga no Mundial assegurada – já tinha Marcos, Lúcio, Roque Júnior, Edmilson, Cafu, Roberto Carlos, Rivaldo, Juninho Pernambucano e Emerson entre os jogadores que estreariam na Copa em junho – o último acabou cortado após se lesionar no final da preparação e deu lugar a Gilberto Silva. Entrariam apenas Ronaldo, recuperado das lesões, e Ronaldinho Gaúcho.

Nos seis meses que antecederam o Mundial do Japão e da Coreia do Sul, foram sete amistosos para ajustar a equipe. Mesmo número de datas reservadas até o fim de 2013 – Suíça e Portugal são os adversários confirmados até agora. Sem competições oficiais, também terá de ser essa a estratégia para manter a base entrosada no semestre que precede a Copa em casa.

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