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A nova comissão técnica brasileira da Copa Davis começa o trabalho de forma inovadora. Nada menos que oito tenistas serão chamados nesta terça-feira para integrar a equipe do país que enfrentará o Canadá, de 6 a 8 de abril, por uma vaga na repescagem do Grupo Mundial, a primeira divisão da Davis.

A idéia de Chico Costa, capitão, e seus auxiliares João Zwetsch e Thomaz Koch, é usar a Copa Davis como evento de integração entre os principais tenistas do país - profissionais e juvenis. O próprio Chico revelou ao GloboEsporte.com que a iniciativa é um tanto semelhante ao encontro que a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) promoveu no tênis feminino.

- O encontro feminino foi um sucesso total. Sempre houve uma distância e uma rivalidade muito grande entre nossas melhores atletas. Isso gerou uma dificuldade tanto na parte técnica quanto na financeira, e os resultados foram péssimos. Há mais de uma década não temos uma jogadora sequer entre as cem melhores. O objetivo da CBT é mudar esse quadro, alterando a mentalidade das tenistas e, principalmente, dos treinadores. A Copa Davis também vai servir como uma grande integração entre nossos melhores atletas. Contra o Canadá, por exemplo, serão convocados 8 atletas - diz Costa, por e-mail.

O evento feminino em questão promoveu encontro das oito brasileiras mais bem ranqueadas - Letícia Sobral, Nanda Alves, Joana Cortez, Carla Tiene, Larissa Carvalho, Jenifer Widjaja, Roxane Vaisemberg e Teliana Pereira - além das pré-profissionais convidadas Aline Berkembrock e Thais Xavier.

Após o encontro, a CBT pretende estreitar a relação das meninas, fazendo com que elas montem seus calendários de uma maneira que possam jogar os mesmos torneios. Assim, poderão levar um treinador, sem que os custos sejam muito altos.

Costa também revelou os critérios que serão avaliados nas convocações para o Pan e a Davis e reforçou que, ao contrário do que alguns veículos de imprensa divulgaram, o ranking de cada atleta será, sim levado em conta.

- O ranking é, provavelmente, o mais importante dos critérios, mas existe uma série de outros fatores que não podem ser ignorados. Momento do atleta, adaptação ao piso, postura na quadra, entre outros. Isso vale para qualquer convocação, principalmente quando não temos uma diferença significativa de ranking e nível entre os atletas.

A situação descrita pelo capitão é um retrato do tênis brasileiro. Hoje, os sete tenistas mais bem ranqueados estão a menos de cem postos um do outro. Vice-campeão do Challenger de Bogotá, Flávio Saretta, 102º do mundo, volta a ser o número 1 do Brasil nesta semana. Ele ultrapassou Thiago Alves (119). Além deles, Ricardo Mello (127), Marcos Daniel (159), André Sá (182), André Ghem (186), Rogério Dutra Silva (191) estão perto. Sem falar em Gustavo Kuerten que, mesmo em 670º na lista da ATP, é tido como nome certa na lista de Costa.

O equilíbrio é visto como fator de motivação para o capitão, que incentiva a concorrência saudável.

- Quanto mais atletas tivermos bem ranqueados, melhor. O objetivo tem de ser sempre esse - garante.

O capitão também adianta que é cedo para falar sobre os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, que serão disputados em julho deste ano. A CBT ainda nem sabe quantos tenistas do país poderão participar da competição.

- Até lá, muita coisa vai acontecer, muitos torneios serão jogados. Entre eles, o confronto contra o Canadá, Roland Garros, Wimbledon...

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