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Ameaçado no cargo, o técnico Dunga comanda a seleção brasileira contra o Chile, domingo, em Santiago. | Vanderlei Almeida/AFP
Ameaçado no cargo, o técnico Dunga comanda a seleção brasileira contra o Chile, domingo, em Santiago.| Foto: Vanderlei Almeida/AFP

Os treinos de Dunga na Granja Comary são como um quebra-cabeça. Ninguém, fora a comissão técnica e – talvez – os atletas, consegue entender muito bem o que quer o técnico. Jornalistas chilenos, outros de agências internacionais e os mais experientes em cobertura da seleção brasileira ficam sempre em rodinhas a cada treino encerrado em Teresópolis em busca de uma explicação mais convincente para o que acabam de ver.

Na manhã de ontem, após exercícios físicos, os laterais se revezavam em cruzamentos dos dois lados, sem nenhuma marcação, para a finalização dos atacantes, também livres, diante do goleiro. Houve também a prática de chutes a gol, em situações tranqüilas, quando Dunga passava a bola com as mãos para a conclusão de quem vinha na corrida. Situações de jogo? Pode ser que uma ou outra. No geral, não.

Nos primeiros dois dias de atividades na região serrana do Rio, Dunga não investiu, por exemplo, em nenhuma jogada ensaiada. Isso salta aos olhos principalmente porque a seleção está numa semana decisiva – uma derrota para o Chile, domingo, em Santiago, que não seria um resultado anormal, provavelmente levará Dunga a ser demitido.

Na tarde desta quarta, o técnico dividiu seu grupo em três equipes – os de uniforme azul e os de colete verde e abóbora. Eles tocavam a bola em espaço reduzido, observados por Dunga e seu auxiliar-técnico Jorginho. Foi assim por mais de meia hora. Ficou no ar se essa seria uma estratégia para confundir os chilenos.

Como o treino da manhã de hoje foi cancelado, a expectativa agora é de que Dunga realize à tarde um coletivo ou treino tático da equipe que pretende levar a campo no Chile.

Desfalque

Nas entrelinhas ficava clara a intenção de Dunga em escalar Lucas como terceiro volante. Ele comporia o setor com Gilberto Silva e Josué. Ontem, no entanto, veio a informação da Fifa: Lucas foi punido com dois jogos de suspensão pela expulsão contra a Argentina, pela Olimpíada.

Cumpriu o primeiro contra a Bélgica, na disputa da medalha de bronze, terá que ficar fora do próximo compromisso do Brasil nas Eliminatórias.

Se confirmar a presença de Gilberto Silva e Josué na proteção à zaga, Dunga teria quatro opções para montar o setor – Hernanes, Elano, Diego ou Julio Baptista. Este pode ter largado na frente. Dunga e Julio conversaram por 20 minutos em particular.

Ranking

No ranking da Fifa divulgado ontem, o Brasil segue em sexto lugar. A Espanha é a líder, seguida por Itália, Alemanha, Holanda e Croácia.

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