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Ainda sem um novo acordo coletivo de trabalho, diante do impasse nas negociações entre jogadores e equipes, a direção da NBA cancelou nesta sexta-feira mais duas semanas de jogos da próxima temporada. O campeonato estava marcado para começar na terça, mas os primeiros 15 dias de disputa já tinham sido cancelados em 10 de outubro. Agora, com o novo corte na tabela, a liga norte-americana de basquete não inicia antes de 30 de novembro.

A paralisação da NBA começou a vigorar no dia 1º de julho, quando acabou o antigo acordo coletivo de trabalho. Desde então, representantes dos jogadores e das equipes têm feitos seguidas reuniões, algumas até com um mediador do governo, mas o impasse continua. Depois do encontro de quinta-feira, as duas partes sinalizaram avanço nas negociações. Nesta sexta, no entanto, não houve acerto e a direção da liga cancelou mais jogos.

"Não é prático, possível ou prudente ter uma temporada completa agora", lamentou David Stern, o principal executivo da NBA, ao anunciar o novo cancelamento. A liga norte-americana, a mais importante e rica do basquete mundial, já passou por situação parecida em 1999, quando a demora para fazer um novo acordo coletivo cortou o campeonato quase pela metade - na ocasião, foram disputados apenas 50 dos 82 jogos normais de cada time.

No momento, o maior empecilho nas negociações parece ser a divisão dos dividendos. Os donos de equipes acertam repartir o valor pela metade com os jogadores, que, no entanto, querem ficar com uma parte maior (52,5%). "Nós fizemos muitas concessões, mas, infelizmente, não foi suficiente. E não estamos preparados agora para ir além disso", revelou o diretor executivo do sindicato dos atletas, Billy Hunter, que tem participado das reuniões.

"Não era o dia para tentar fechar esse negócio", afirmou o presidente do sindicato dos jogadores, o armador Derek Fisher, do Los Angeles Lakers, após deixar a reunião desta sexta-feira em Nova York. Diante do impasse, nenhum novo encontro foi marcado entre as duas partes. Mas a direção da NBA mantém a confiança num acordo. "Continuamos comprometidos em conseguir um entendimento que seja justo para as duas partes", diz o comunicado.

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