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Fabiana Murer tem a terceira melhor marca do ano e pode brigar por medalha. | Martin Bernetti/ AFP
Fabiana Murer tem a terceira melhor marca do ano e pode brigar por medalha.| Foto: Martin Bernetti/ AFP

Uma coisa era certa antes do início da Olimpíada de Pequim: Michael Phelps iria subir algumas vezes no pódio e bater recordes. Outra, também certa, é no salto com vara feminino. Yelena Isinbayeva vai ganhar o ouro sem sofrer ameaça. É o que diz o mundo do atletismo.

A russa entra hoje no Ninho de Pássaro para iniciar as eliminatórias, a partir das 23h10 (de Brasília), com vantagem tão grande sobre as adversárias quanto a dos Estados Unidos para Angola no basquete.

A musa, de 26 anos, 1,74 metro e 64 quilos, quebrou o recorde mundial mais de 20 vezes, é a atual campeã olímpica e bicampeã mundial e mostra grande forma. Seu melhor salto foi alcançado no fim do mês passado: 5,04 metros. A principal adversária, a norte-americana Jennifer Stuczynki, chegou a 4,92 metros no máximo, diferença bem expressiva, quase impossível de ser tirada sem nenhum imprevisto, como uma lesão.

O Brasil está bem representado na prova, com a campineira Fabiana Murer, de 27 anos. A atleta, com 4,80 metros, tem a quinta marca entre todas as que disputarão a Olimpíada e a terceira da temporada. "Estou confiante, acredito ter boas chances de brigar por uma medalha", disse a brasileira.

A luta deve, mesmo, ser pela prata e pelo bronze. E nenhuma concorrente de Isinbayeva se atreve a falar algo diferente disso. Ela está num patamar acima, a ponto de dizer, freqüentemente, que ninguém pode batê-la. "Não há adversária para mim."

A russa ficou famosa pelos saltos e pela beleza. Na Europa, é cobiçada para ensaios publicitários. A Adidas, multinacional alemã de materiais esportivos, a coloca como uma das principais personagens entre seus patrocinados. É uma das estrelas dos Jogos e um dos principais nomes do atletismo – atrás apenas dos corredores dos 100 metros rasos.

Na China, porém, a badalação não é tão grande. Desembarcou no Aeroporto de Pequim sem estardalhaço, com surpreendente tranqüilidade. O salto com vara, que passou a ser disputado pelas mulheres apenas na década passada, cresceu depois de seu surgimento, mas ainda não aparece entre os mais populares.

Apesar de todas as conquistas, Isinbayeva é simples, procura atender com carinho os fãs e leva vida pacata. "Sou muito ligada à família", diz. Nasceu em Vologrado, mas vive entre Monte Carlo e Formia, na Itália, onde treina com Vitoly Petrov, o técnico do legendário Sergei Bubka, o último grande astro da prova masculina. Uma de suas paixões é colecionar golfinhos de pelúcia.

A saltadora tem boa relação com Fabiana Murer, com a qual já treinou na Itália durante um mês. "Ela é uma referência, mas muito humilde, aprende até a falar algumas palavras em português. "

A paulista é a primeira mulher do Brasil a participar da prova numa Olimpíada.

Na TV

Salto com vara, às 23h10, na RPC TV (flashes), Band (flashes), BandSports, SporTV3 e ESPN Brasil

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