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Acabou sem comprador o novo leilão do Pinheirão, realizado na tarde ontem, em Curitiba. O estádio da Federação Paranaense de Futebol (FPF), lacrado pela Justiça desde 2007, foi colocado à venda pelo lance mínimo de R$ 69 milhões devido a uma dívida de aproximadamente R$ 2,5 milhões com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O complexo voltará ao pregão no dia 28 de junho, desta vez por um valor menor – R$ 41,4 milhões.

A FPF tentou dois agravos de instrumentos para cancelar a venda, mas nenhum foi aceito pela Justiça. Sem interessado, o encontro de ontem foi uma mera formalidade. "Havia aqui mais de cem pessoas, vários interessados. Foi um leilão de expectativa, pois a vantagem do próximo, daqui a duas semanas, é que eles possam pagar menos pelo bem", explicou o leiloeiro oficial, Plínio Barros de Castro Filho, avisando que o próximo pregão deve ser mais concorrido. "Pode sair até acima deste lance mínimo de hoje [ontem]. Se não houvesse tanta briga em torno do Pinheirão, acredito até que o valor pudesse subir mais", afirmou.

A Federação estava representada no leilão pelos seus dois advogados, Juliano Tetto e Tales Macedo. Nenhum deles foi autorizado a dar declarações.

Fechado há cinco anos, o Pinheirão convive o ostracismo e a depredação. Há mato chegando à altura das traves. Algumas pequenas árvores nasceram nas arquibancadas. As torres de iluminação estão castigadas pela ferrugem e são um perigo até para uma possível manutenção. A área em volta virou ponto de uso de drogas e depósito de lixo. A maior parte das placas da calçada da fama na frente da praça esportiva foi roubada, escancarando o abandono do palco que um dia se candidatou a ser a casa do futebol paranaense.

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