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"Ô, ôô, Alex matador". A torcida do Atlético já pode começar a ensaiar a canção que embala a entrada em campo do principal ídolo rubro-negro da atualidade. Se tudo der certo, Alex Mineiro reaparecerá com a camisa 9 no dia 31 de outubro, contra o Grêmio, na Arena.

Justamente o Grêmio de Tcheco, responsável pela mais grave lesão na carreira do jogador de 32 anos. No empate por 1 a 1, em Porto Alegre (28/7), Alex saiu de campo aos seis minutos do primeiro tempo após levar um chute no rosto do armador tricolor. Resultado: 15 fissuras, três fraturas, quatro placas de titânio e intermináveis três meses de recuperação.

"O pior já passou. Não existe mágoa porque sei que ele não teve intenção de me acertar. Foi um lance casual que ficou no passado. Agora é bola para frente", afirma o artilheiro do Furacão na temporada, com 29 gols.

O centroavante está quase na ponta dos cascos. Nesta semana ele deve iniciar os trabalhos com bola após 15 dias de treinos físicos. O rosto inchado e uma pequena cicatriz acima do nariz são os sinais externos que ainda restam da "Batalha do Olímpico".

"Graças a Deus tudo ocorreu bem, até melhor do que eu esperava", diz ele, que se queixa apenas do regime forçado a que teve de se submeter – foram 45 dias ingerindo apenas líquidos e alimentos pastosos. "Na hora do almoço eu até saía de casa. Tinha muita vontade de comer feijão, arroz e bife", revela.

Atacante que faz da frase "viver de gols" o seu mantra, Alex não agüenta mais esperar pelo reencontro com a principal especialidade. A saudade é tão grande que o jogador chega a sonhar com o barulho da bola estufando a rede, e ao fundo, o grito dos atleticanos saudando mais uma obra do artilheiro.

"Acredito que não vai haver problema. A preocupação com a lesão terminará logo no primeiro gol de cabeça. E se eu sentir algum receio, mato a bola no peito e faço o gol do mesmo jeito", prega.

Mineiro de Belo Horizonte, o matador adota o estilo "come quieto" quanto fala do futuro. Cobiçado pelo Palmeiras, que elegeu a contratação de Alex como uma das prioridades para 2008, ele apenas sorri discretamente quanto questionado sobre assunto. Ao mesmo tempo em que não esconde o carinho pelo Furacão, usa a diplomacia para não fechar portas.

"Ainda faltam três meses para acabar o ano e não há nada definido. Quero apenas mostrar que estou bem, recuperado. O resto é questão de negociar. Já deixei claro que gostaria de permanecer, mas a renovação do contrato depende do Atlético", afirma ele, cujo vínculo com o Rubro-Negro terminará daqui a pouco mais de dois meses, no fim de dezembro.

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