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O atleticano Alex Mineiro não marca um gol há quase oito meses | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
O atleticano Alex Mineiro não marca um gol há quase oito meses| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Atleticanas

Adversário

Apesar de toda a cobrança dos torcedores, que o culpam pela eliminação da Libertadores, o técnico corintiano Mano Menezes teve ontem o contrato renovado até dezembro de 2011. Com total carta branca para reformulação geral no clube, Mano já trata da redução do elenco e já anunciou a demissão de todos os profissionais de preparação física. No duelo de amanhã com o Atlético, no Pacaembu, o Timão apresentará sua nova camisa, com listras em tons mais fortes da cor da camisa: preta ou branca. Em campo, o destaque é a confirmação da presença de Ronaldo diante do Furacão. "Quero jogar sempre. O Mano pode contar comigo", disse o Fenômeno. O camisa 9 tem como meta chegar aos 30 gols na tem­­porada e necessitaria, portanto, de 24 no Nacional.

A demora na chegada dos reforços consagrados pretendidos pela diretoria rubro-negra para o Campeonato Brasileiro reforça a pressão sobre um ídolo atleticano. Um peso extra sobre Alex Mineiro, logo quando o atacante enfrenta uma intensa cobrança pessoal: a angústia de não marcar há quase oito meses. Seu último gol foi em 13 de setembro contra o Atlético-MG. O único desde o seu retorno ao Furacão em 2009.

E o jejum pode aumentar. O craque que poderia trazer alguma segurança para a torcida no Nacional está parcialmente fora de combate. Apesar de integrar a delegação que viaja hoje para São Paulo, Alex Mineiro ficará apenas no banco de reservas amanhã, contra o Corin­­thians.

Durante essa semana o jogador intercalou treinos com o tratamento no tornozelo esquerdo. A presença de cartilagens soltas no local o levou a uma cirurgia no começo do ano. Algumas complicações na recuperação o tiraram de campo por cinco meses, adiando o início da temporada 2010 para 18 de abril.

Alex foi a surpresa no clássico decisivo com o Coritiba. Mas, sofreu com a falta de ritmo e não conseguiu evitar a derrota que deu o título estadual ao maior rival.

"O momento é difícil. Vivo com a cobrança do primeiro gol. É complicado para todo mundo. E não adianta dizer para a torcida que estou empenhado, me esforçando. Ela quer saber da vitória e de quem marcou o gol do seu time", reconheceu o atacante.

Aos 35 anos, esse deve ser o seu último Brasileiro. Cam­­peonato que o atacante imortalizou no Atlético, quando foi herói do título de 2001. Mas ele não quer cravar a aposentadoria. Teme que um fraco desempenho seja atribuído à falta de comprometimento.

"A responsabilidade da gente é sempre maior, pois os atacantes estão lá para definir as jogadas. Preciso melhorar a minha condição física e isso só virá com os jogos. Incomoda bastante essa situação de não marcar. Não sei o motivo. É um momento", disse.

Uma incerteza que espelha as dúvida sobre o próprio time no Brasileirão. Além de a equipe não não ter atingido as metas estabelecidas no primeiro semestre, o histórico recente reforça a insegurança. "Sabemos da apreensão da torcida, que sofreu nos últimos campeonatos (com o risco de rebaixamento). Cabe a nós virar esse jogo e mostrar que o time tem condições", reforçou.

Para Alex Mineiro, as chances de satisfazer a torcida aumentariam se um boato surgido ontem nos bastidores se confirmasse. "Escutei alguma coisa sobre isso (possibilidade de o Kléber Pereira ir para o Atlético). Ele é um grande jogador, artilheiro", comentou sobre o que seria a reedição do ataque campeão nacional. Liberado pelo Inter, o Incendiário teria, entretanto, proposta do Ceará.

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