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Rodriguinho e Danilo chegam junto em Thiago Feltri: Rubro-Negro passará pelo menos dez dias na zona de rebaixamento. | Wesley Costa/Hoje Goiania
Rodriguinho e Danilo chegam junto em Thiago Feltri: Rubro-Negro passará pelo menos dez dias na zona de rebaixamento.| Foto: Wesley Costa/Hoje Goiania

Experiências de Mário Sérgio na escalação aceleram a derrota atleticana em Goiânia

Na véspera, o técnico Mário Sérgio treinou com o mesmo time que havia sido derrotado pelo Palmeiras e chegou a confirmar a escalação para a imprensa. Ontem, porém, surpreendeu ao sacar o volante Alan Bahia e o meia Julio dos Santos. Entraram os volantes Fernando, no meio, e Renan, improvisado na lateral-direita, com o deslocamento de Rodriguinho para o setor de armação.

A intenção era ganhar poder de marcação. Não funcionou. Além de uma moleza inexplicável no setor defensivo, o Rubro-Negro não teve a mínima força ofensiva.

Bastou ao Goiás tocar a bola para construir o placar com facilidade. Aos 31 minutos o jogo já estava 3 a 0. O primeiro foi de pênalti, cometido por Galatto sobre Thiago Feltri após o lateral-esquerdo goiano ganhar na corrida de Alex Fraga. Romerito converteu. No segundo, Rodriguinho perdeu a bola na intermediária para Anderson Gomes e Felipe serviu para Iarley apenas completar. Mais um pouco e Vítor tabelou com Felipe, sem ser acompanhado por Márcio Azevedo, antes de mandar no ângulo.

Mário Sérgio mudou três jogadores de uma vez no intervalo. Mas o desânimo era irreversível. O Goiás também parecia satisfeito e diminuiu o ritmo. Se tivesse se aplicado, poderia ter conseguido mais do que o quarto gol, feito por Anderson Gomes após Danilo e Valencia ficarem indecisos sobre quem iria na bola. (NF)

Está todo mundo perdido no Atlético. Ações e declarações antes, durante e depois da goleada por 4 a 0 para o Goiás, ontem, no Serra Dourada, evidenciaram isso. O técnico Mário Sérgio, que chegou a falar que a altitude de Goiânia seria um obstáculo – ignorando que na verdade ela é menor do que em Curitiba –, começou inventando na escalação. Contribuição para deixar ainda mais desorientados os jogadores, além de tudo, imersos em um profundo desânimo. Por fim, o diretor de futebol, Edinho Nazareth, admitiu que não sabia qual atitude deveria ser tomada no momento em que o time retorna à zona de rebaixamento.

Depois de falar aos repórteres que "não é hora de agir na base da emoção, porque senão vamos errar de novo", a primeira coisa que Edinho fez foi entrar no vestiário e passar um sabão na equipe. Berros ouvidos por todos que estavam do lado de fora.

Ele ainda não havia parado de gritar quando Mário Sérgio iniciou a entrevista coletiva. Surpreendentemente, uma de suas primeiras observações foi na direção totalmente contrária do que o dirigente fazia.

"Não vai adiantar nada se desesperar, dar esporro, bater nos caras...", comentou o treinador, que imediatamente foi indagado se então reprovava a atitude de Edinho. Ao que respondeu: "É situação dele. Está acima de mim. Não julgo e nem posso. Mas nesse momento, não temos o que fazer. Temos de dar força a esses jogadores."

Ainda que tenha dito que os gols saíram de falhas individuais, o técnico assumiu a responsabilidade pelo vexame. Se ateve também ao fôlego debilitado do time.

"Eles não têm culpa de não ter feito uma boa pré-temporada. Na parte física é visível. O adversário passa por cima da gente, ainda mais em um campo grande como esse."

Alegando questões éticas, ele só não quis prolongar o que disse após a derrota para o Palmeiras: que o elenco havia sofrido muito antes da sua chegada. Mas Edinho confirmou, citando rapidamente uma possível divergência do grupo com a comissão técnica anterior, comandada por Roberto Fernandes.

Aos jogadores, que se reuniram pouco antes da bronca do diretor de futebol, restaram palavras como "vergonha", "desculpas ao torcedor", "lavar a roupa-suja" ou "nos unirmos ainda mais". Além, é claro, de renovar a promessa de tirar o time desta situação.

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Em Goiânia

Goiás

Harley; Ernando, Rafael Marques e João Paulo; Vítor, Fahel, Ramalho (Fredson), Felipe (Júlio César) e Thiago Feltri; Romerito (Anderson Gomes) e Iarley. Técnico: Hélio dos Anjos.

Atlético

Galatto; Alex Fraga, Antônio Carlos e Danilo; Renan, Chico (Alan Bahia), Fernando (Júlio César), Rodriguinho (Valencia) e Márcio Azevedo; Ferreira e Pedro Oldoni. Técnico: Mário Sérgio.

Estádio: Serra Dourada. Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (PE). Gols: Romerito (G) aos 14/1º, Iarley (G) aos 19/1º e Vítor (G) aos 31/1º; Anderson Gomes (G) aos 19/2º. Amarelos: Galatto e Antônio Carlos (A). Público: 3.883 pagantes. Renda: R$ 55.600,00.

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Interatividade

O que é preciso ser feito para que o Atlético consiga se livrar do rebaixamento? Ou a queda de divisão já se tornou um caminho inevitável?

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As respostas selecionadas serão publicadas na Gazeta Esportiva.

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