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Maurício Shogun chegou ao Pride à sombra do amigo, ídolo e favorito Wanderlei Silva. Saiu com a glória, o cinturão dos médios e ainda vingou o companheiro de academia pela surpreendente eliminação diante do arqui-rival Ricardo Arona. Decepção e êxtase numa participação histórica dos curitibanos na meca do vale-tudo. Com o resultado de ontem no Japão, o caçula dos médios (23 anos), embolsou US$ 300 mil e se firmou entre os tops da luta mundial.

O encontro entre Wanderlei Silva e Ricardo Arona abriu o ringue decisivo na Arena de Saitama. Era a luta do ano na avaliação dos comentaristas. Uma final antecipada para os fãs. Todos queriam ver o desfecho da rixa entre membros de academias adversárias no Brasil: a curitibana Chute-Boxe, com origem no boxe tailandês, e a Brazilian Top Team, do Rio de Janeiro, forte no jiu-jitsu.

Deu a carioca de Arona. Atual campeão do Grand Prix (torneio por categorias que é realizado a cada dois anos), Wanderlei estava irreconhecível na sua primeira luta com um compatriota. Arona mostrou mais agilidade, concentração e aproveitou um vacilo do oponente para levar a luta ao solo. Era o que ele precisava para encaixar seus golpes e vencer por pontos. Foi a segunda derrota do curitibano em cinco anos de Pride.

Campeão

Na outra semifinal, Maurício Shogun enfrentou o holandês Alistair Overeem. O paranaense sofreu no começo com a perigosa guilhotina do adversário (imobilização sufocante com os braços em volta do pescoço). Mas ele logo dominou a luta e passou a socar a cabeça do adversário no chão com incrível tranqüilidade. Só parou quando o juiz decretou o nocaute técnico ainda no primeiro round.

A grande decisão também não passou do primeiro assalto. Shogun surpreendeu Arona, que parecia ter se preparado só para a semifinal. Com os olhos inchados pelos golpes, Wanderlei incentivava o ex-sparring da platéia e vibrou muito com a vingança por tabela ao ver Arona quase desacordado no ringue.

Sangue no ringue

Em outra luta muito aguardada, o russo Emelianenko Fedor manteve seu título dos pesados ao vencer o croata Mirko Cro Cop na decisão dos jurados, após muito sangue (do nariz do campeão) e ótima técnica.

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