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 | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Sim aos pontos corridos

A proposta da Rede Globo, de trocar o sistema de pontos corridos novamente pelo mata-mata nas fases decisivas do Brasileiro, não empolgou os membros do Clube dos 13, responsável pelas negociações de direitos de transmissão. Ao falar sobre o assunto, os dirigentes dos clubes demonstram grande respeito pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e pouca vontade de se indispor com ele. O cartola-mor do futebol nacional é o principal defensor da manutenção da atual fórmula. Entre os paranaenses, o presidente atleticano, Marcos Malucelli, é direto ao defender posição contrária ao retorno dos mata-matas. No Coritiba, o diretor de futebol João Carlos Vialle considera os pontos corridos o sistema mais justo e também acredita que não haverá mudança contra a vontade de Teixeira. "Mas, na desigualdade financeira, criada até pelos valores das cotas de tevê, a disputa eliminatória cria chances para quem recebe menos. É o caso dos nossos times", pondera.

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Errorex no Paranaense

O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) tenta, na quinta-feira, re­­solver a confusão em torno do su­­permando do Estadual 2010. Deve ser mesmo anulado o artigo 9º, res­­ponsável pela vantagem de jogar todas em casa para o time de me­­lhor campanha. Mas não será o desejado fim do imbróglio. Alguns clubes querem um novo regula­­mento e passar a borracha em tudo redigido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF).

Supervantagem

O Atlético, por exemplo, não aceita que os critérios de disputa da segun­­da fase fiquem na mão da FPF. Do­­mingos Moro, advogado do clube, deixa claro que o Furacão espera, ao menos, garantir ao 1º da fase clas­­sificatória o direito de jogar em casa contra o 2º, 3º, 4º e 5º.

Escaldado

"Não pode ficar no ato discrionário (autoritário) da FPF. Como neste ano, quando fez uma tabela para beneficiar um determinado clube. Aliás, isso foi tão claro quanto um mais um!", diz Moro.

Mais lacunas

A ideia de rasgar o regulamento, que está garantido para 2010 por sentença transitada em julgado (não cabe mais recurso) no STJD, seria ainda mais necessária com a não realização da Copa Paraná este ano. O torneio, pela norma redigida pela FPF, dá uma vaga à Série D. Supõe-se que o regional herdaria esse bônus.

Promete

O fato de o STJD, com base no Es­­tatuto do Torcedor, ter confir­­mado o regulamento para o pró­­ximo ano polemiza ainda mais o caso. O Atlético acha que o foro ideal para um eventual ajuste seria o do Rio de Janeiro. Para fechar, ninguém descarta que terceiros podem reclamar na Justiça Comum.

Ranking

Em quatro Atletibas nesta temporada, 66 ônibus foram colocados na conta do contribuinte por causa do vandalismo das torcidas pelas ruas da cidade. Neste último, o mais violento, 28 veículos danificados. No anterior, disputado na Arena, um alento de "apenas" sete. Nos dois clássicos realizados pelo Paranaense, o primeiro anotou 19; o segundo, 12.

No bolso

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) – relator do Projeto de Lei 82/2009, de autoria do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) –- está há mais de 20 dias com o texto em mãos para analisá-lo. Se aprovada, o Estatuto do Torcedor passará a ser severo com as organizadas. Normatiza, por exemplo, que elas irão responder civilmente, independentemente de culpa, pelos danos causados por qualquer dos seus associados no local do jogo, suas imediações ou no trajeto de ida e volta.

Paraná único

Benedito Gomes Barboza, presidente do Conselho Deliberativo do Paraná, descarta a hipótese de cisão entre o futebol e o social do clube – hipótese ventilada durante a campanha para a eleição do dia 11/11. Diz ele que essa ideia acabaria com a instituição. "Hoje, dentro do plano orçamentário, já existe uma divisão de receitas. Agora, caso um dos departamentos precise de aporte financeiro, o outro lhe dará. Atualmente, o social tem necessitado mais."

Para adultos

Marlo Litwinski, vice-presidente das categorias de base do Tricolor, garante que o clube "tem oito jogadores diferenciados" com menos de 20 anos. Reclama que a comissão técnica do profissional não tem interesse e muito raramente acompanha os jogos do time sub-18. "Não há uma observaçã o contínua", lamenta.

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O Site

A dança da Copa 2010 foi muito bem bolada pelos sul-africanos. Com pas­­sos simulando embaixa­­dinhas, os anfitriões do Mundial comprovam que gingado e simpa­­tia serão os for­­tes do evento da Fifa no próximo ano. Quem não conhece o ritmo vale acessar.http://tinyurl.com/dancacopa2010

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Personagem

Nem, ex-jogador de futebol.

Como você foi parar no Trieste?

Decidi parar de jogar bola profissionalmente. Como eu sempre via meus amigos no amador e recebi um convite do Ivo (Petri, técnico) para jogar no clube, achei uma boa.

Mas você parou cedo, não?

Com 36 anos... Mas não é que eu parei cedo. Não adianta jogar em time pequeno, sem estrutura, que não dá condições, não paga direito. Era só isso que entrava no meu caminho.

Pendura as chuteiras realizado?

Muito realizado. Fui campeão de tudo. Tenho mais títulos que muita gente dentro do futebol ainda. Mas chegou a hora de pensar em mim e na minha família. Realizei todos os meus sonhos. Agora, falta ganhar apenas um título amador. Vai ser com o Trieste.

O Atlético foi o seu grande momento?

Sem dúvida. Também fui muito bem quando ganhei o Campeonato Paulista pelo São Paulo; e o Módulo Amarelo pelo Paraná. Até por isso, decidi morar em Curitiba. Só tenho a agradecer, especialmente, ao Paraná e ao Atlético.

Ganhou dinheiro com o futebol?

Zagueiro não é tão valorizado. Mas a bola me deu tudo, não posso reclamar. Vim de uma família muito pobre no Recife. Estou realizado. Após 20 anos de carreira, agora vou levar minha vidinha.

Alguma mágoa?

Nenhuma.

Pretende ser treinador?

Estou me preparando para isso. Já faço alguns cursos e vocês vão ver, quem sabe em algum clube do interior do Paraná no próximo ano, eu trabalhando como técnico. Passei por Telê Santana, Parreira, Nelsinho, Geninho, Mário Sérgio e Carpegiani. Tive uma grande escola.

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Top 5

Anunciado como piloto da Campos para 2010, Bruno Senna trará de volta à Fórmula 1 mais um sobrenome famoso da categoria. Caminho percorrido por outros pilotos, nem todos deixando boas lembranças nas pistas. Confiram as cinco piores impressões deixadas por segundas gerações do volante na F-1.

5 - Damon Hill

Ok, Damon Hill foi campeão mundial. Mas nunca tornou-se unanimidade. Ergueu o troféu muito mais graças à supremacia da Williams e à transição da Ferrari para a era Schumacher do que por méritos próprios.

4 - Christian Fittipaldi

Pouco do talento do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi passou para o sobrinho Christian. Na F-1 na primeira metade dos anos 90, o piloto somou apenas 12 pontos em 40 corridas. Seguiu para a Indy, Nascar, Stock, mas jamais fez sombra aos feitos do tio.

3 - David Brabham

Campeão mundial em 1959, 60 e 66, dono da equipe que deu o primeiro título mundial a Nelson Piquet. Jack Brabham parecia ter gasolina nas veias. Carga genética que não passou para o filho, David, que disputou 20 GPs nos anos 90 e teve como melhor resultado um décimo lugar.

2 - Michael Andretti

Filho do bicampeão mundial Mario Andretti e campeão na Indy, Michael chegou à F-1 em 1993, para dividir a McLaren com Ayrton Senna. Foi um fracasso completo, marcado por um acidente espetacular com Gerhard Berger na largada do GP Brasil. Nem ao menos chegou ao fim da temporada.

1 - Nelsinho Piquet

O filho do tricampeão mundial Nelson Piquet teve trajetória esquecível em quase dois anos de Renault. Quase sempre andando bem atrás de Fernando Alonso, acabou marcado pelo acidente forjado no GP de Cingapura, em combinação com Flavio Briatore e Pat Symonds, para beneficiar o espanhol.

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Concorda com a lista? Sentiu falta de algum sobrinho ou filho ilustre ruim de braço? Acho que eles honram a tradição de velocidade da família?

Escreva para arquibancada@gazetadopovo.com.br.

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