• Carregando...
 |
| Foto:

Vários símbolos da Copa do Mundo de 2014 já correm o mundo na divulgação do evento: a logomarca [taça formada por mãos], o slogan "Juntos num só ritmo", a bola batizada de Brazuca, representantes de renome como Ronaldo e Bebeto e, mais recentemente, o tatu-bola como mascote. Os estádios começam a ganhar forma definitiva e a Copa a ter sua "cara". Os organizadores se esforçam para mostrar um país de escalas continentais, cheio de regionalismos e culturas locais, unido por um mesmo objetivo – tudo com toques ecológicos.

"A cara da Copa do Mundo da Fifa 2014 vai ser a do Brasil. As cores, o ritmo, a união, a alegria, a natureza do nosso país". O discurso pronto é do ex-jogador Bebeto, membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local (COL).

Os símbolos criados convergem para essa visão. "Desde a logo, passando pela iden­­tidade visual, o slogan e a mascote, fica muito claro que existe um forte apelo à questão ecológica, à exuberância do meio ambiente. E também que se procura envolver o Brasil como um todo, destacando o espírito de união do povo brasileiro", interpreta o especialista em marketing esportivo Francisco Santos, que faz uma ressalva: "Acho que faltou resgatar um pouco do Brasil como o país do futebol. A Copa do Mundo poderia ser usada para trazer de volta esse orgulho".

As palavras animadas de Bebeto, porém, não encontram eco em quem vê diferença entre discurso e prática, como o também profissional de marketing esportivo Rafael Casagrande. "Eu acho que eles podem até passar essa imagem. Mas na prática está havendo uma grande distância entre o povo e Copa do Mundo", observa.

Além disso, a faceta comercial do evento tende a ficar cada vez mais exposta. Isso é facilmente perpeptível na restrição do uso das marcas por terceiros ou, por exemplo, na recém-lançada coleção da Adidas – parceira da Fifa – explorando a imagem do tatu-bola.

O turismo é o setor da economia que se alinha perfeitamente à imagem pretendida pela organização. Com o Brasil cada vez mais em alta no exterior, o Mundial se transformou em um belo cartão de visitas e o governo federal trabalha para aproveitar a oportunidade impar de divulgação.

O propósito é estimular os visitantes a conhecerem o país não só durante o evento, mas antes e depois dele. "Queremos mostrar o Brasil como um país continental e de grande diversidade. Essa é a nossa estratégia", explica Marcelo Pedroso, diretor de mercados internacionais do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), com palavras que poderiam perfeitamente se unir ao discurso de Bebeto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]