• Carregando...
Goleiro Rodolfo entrou com ação, mas voltou a treinar e deve seguir no Paraná, assim como outros atletas | Daniel Castellano / Agência Gazeta do Povo
Goleiro Rodolfo entrou com ação, mas voltou a treinar e deve seguir no Paraná, assim como outros atletas| Foto: Daniel Castellano / Agência Gazeta do Povo

O goleiro Rodolfo e o atacante Davis, do time júnior, foram os dois mais novos atletas do Paraná Clube a entrarem na Justiça do Trabalho contra o Tricolor. Assim como recentemente fizeram o ex-técnico Sérgio Soares, o atacante Clênio e os meia Cristian e Caio (também na base), os jogadores pedem a saída do clube, alegando atrasos financeiros. Todavia, segundo o departamento jurídico paranista, o clube nada deve aos atletas e a situação com Soares será acertada em audiência ainda neste mês.

Na visão da diretoria do Paraná e do próprio advogado do clube, Alessandro Kishino, há neste momento a ação de empresários querendo tirar proveito das dificuldades financeiras tricolores, o que faz com que a cada dia surjam informações a respeito de novas ações contra a agremiação. Diante da falta de argumentos dos atletas, o Paraná não teme sofrer perdas de atletas. Clênio fechou um acordo e retirou a sua ação, caminho que pode ser seguido por Sérgio Soares e Rodolfo, este último, inclusive, retornou aos treinos nesta terça-feira.

"O Rodolfo entrou com uma ação contra o clube, pedindo a rescisão com base em um suposto atraso no depósito do FGTS de 2007. Mas consultamos junto à Caixa Econômica Federal e não devemos nada, mesma coisa dos casos do Cristian e do Davis. Deve ser coisa de empresário, não há razão para eles pedirem a rescisão. O Rodolfo já conversou conosco e confidenciou isso mesmo, que tinha sido orientado a pedir para sair do clube, mas ele quer seguir conosco, tanto que voltou a treinar", afirmou Alessandro Kishino, por telefone, à Gazeta do Povo.

Já a situação do jovem Cristian começou a ser discutida na Justiça nesta terça-feira, e também tende terminar em acordo. "Ele é atleta do clube e deve voltar aos trabalhos amanhã (quarta-feira). O advogado dele veio de Porto Alegre e tivemos uma conversa amigável, demonstramos a intenção de seguir com o Cristian e sigo acreditando que ele buscou essa ação por conta dos problemas com a comissão técnica na base. Devemos resolver isso logo, talvez com um aumento salarial", completou Kishino.

Davis está desaparecido do clube e a ação ainda deverá ter um juiz designado. O Paraná nega dever qualquer coisa ao jogador e ele terá de retornar, mesma situação de Caio, outro jovem valor que, embora notificado, não deu as caras. Boatos de bastidores já o tenham colocado na Fiorentina-ITA.

"Não temos pendências com eles. O que existe é um problema financeiro do Paraná e pessoas tentando retirar os atletas, agindo fora do clube. Não é só o Paraná que vive isso, o São Paulo enfrenta isso também, além de outros times. A atitude nossa de fechar as categorias de base aos empresários faz com que exista essa inimizade e estas ações sem fundamento surjam", concluiu o advogado paranista. Atualmente o jurídico do Paraná tem quase 30 ações trabalhistas ajuizadas, e nem em todas é réu. Em várias delas o Tricolor é autor ou terceiro interessado a receber algum valor.

Quitação financeira é esperada para quinta-feira

O Paraná promete quitar todos os débitos junto a funcionários e jogadores até quinta-feira. Depois de pagar boa parte dos atrasados na semana passada, a diretoria garante que tudo será quitado, pondo fim assim à polêmica gerada neste ano. A direção paranista ainda negou categoricamente que tenha havido pressões extra-campo direcionadas à greve ou recusa a jogar pelo Tricolor diante da ausência dos salários.

"Houve o problema do salário, todos sabem, mas não soubemos de qualquer pressão. A situação já foi apaziguada e será quitada nesta semana", afirmou o diretor de futebol do clube, César Augusto de Mello.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]