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Dortmund – Uma refeição, um doce, três bebidas sem álcool e a chance única de estar em uma Copa. Para alguns dos milhares de voluntários na Alemanha há, de brinde, a possibilidade de ficar perto dos ídolos.

A brasileira Roseli Ruth ganhou esse "presente" nos dois jogos do Brasil no Westfalenstadion, em Dortmund. Ela está entre os 1.100 voluntários convocados para trabalhar na cidade. Em toda a Alemanha são 15 mil, escolhidos entre o triplo de inscritos.

Contra o Japão e ontem, diante Gana, sua escala de trabalho incluiu participar da concorrida zona mista após o jogo. Ao lado dos craques brasileiros, ela tinha a obrigação de anotar as declarações e depois repassá-las ao site da Fifa.

"Ficamos bem perto. Para poder ouvir, às vezes até encostamos no braço deles", conta a catarinense de 45 anos, estudante de Administração, que classificou Robinho como o mais simpático. "Ele é só sorrisos."

Esse é o contato máximo. O regulamento do voluntariado proíbe conversas e pedidos de autógrafos e fotos entre os atletas.

Satisfeita com a oportunidade, ela nega ter tentado driblar as regras. "Já estou muito feliz. É um trabalho encantador", avalia, com um outro motivo para comemorar. Ruth foi escolhida no jogo da primeira fase para fazer a saudação à torcida brasileira. Uma espécie de aquecimento antes do jogo.

O processo de seleção do exército azul (cor do belo uniforme) começou há dois anos. Ao contrário do domínio de vários idiomas, a prioridade, segundo os organizadores, foi para a boa vontade.

Requisito necessário para atender às inúmeras dúvidas dos torcedores sobre direções, endereços, pontos turísticos e infinitas reclamações da ala sem-ingressos. "São muitas reclamações, mas os brasileiros são a maioria. Pena que não podemos fazer nada, só encaminhamos para o centro de tíquete", comentou a voluntária norte-americana Amanda Smith, de 22 anos.

Ela mora em Londres e aproveitou as férias para trabalhar na Copa. A estudante se hospeda de graça na casa de uma alemã, duplamente voluntária – a Fifa não fornece hospedagem.

O trabalho na Copa está sendo observado por representantes do Comitê Olímpico Chinês, em uma espécie de curso para os Jogos de Pequim, em 2008. O país asiático pretende recrutar 100 mil voluntários para a Olimpíada.

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