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Luiz Carlos Barbieri vive um momento antagônico no comando do Paraná. De um lado, sofre com a insatisfação da torcida, que a cada tropeço do time pede sua demissão. Do outro, é absolvido pelos jogadores e tem o aval do presidente do clube, José Carlos de Miranda, para permanecer pelo menos até o fim do Campeonato Paranaense. Mas mesmo com a equipe tendo bons momentos na competição, a campanha modesta – apenas três vitórias em nove partidas – vem aumentando a pressão sobre o comandante tricolor.

"Ele é um bom treinador, dedicado, os jogadores mesmo dizem que a culpa não é dele", comentou o vice-presidente de futebol José Domingos. "Mas futebol é resultado. Às vezes o cara trabalha, trabalha, mas acaba pagando pela falta de resultados", complementou, deixando no ar que novos fracassos podem fazer o coro das arquibancadas serem ouvidos na Vila Capanema.

"Hoje certamente tem uma porção de torcedores que gostariam que ele fosse embora. É um comportamento passional. Nós temos de saber administrar isso com paciência", concluiu.

Nitidamente irritado com o assunto, o técnico garante estar tranqüilo. "Quem tem medo de sombra não sai no sol", disse, reclamando posteriormente das críticas.

Segundo ele, os elogios se transformam muito rapidamente em críticas. "Não dá para achar que está tudo errado por causa de um jogo, mudar de opinião da noite para o dia. Até ontem estava tudo uma maravilha", afirmou, sobre o período de dois triunfos seguidos no interior – contra Adap e Toledo.

Além da série de empates em casa, Barbieri vem enfrentando críticas pela falta de estabilidade do time. O Paraná vem apresentando rendimento distinto nos dois tempos das partidas, freqüentemente sendo acuado na etapa final.

No início do ano, o técnico pediu seis rodadas para o grupo estar preparado física, técnica e taticamente em um nível competitivo. Já se foram nove rodadas e o Tricolor segue sem embalar.

"Os resultados às vezes mentem", se defende, alegando que o time tem atuado bem, pecando apenas na conclusão. "Nós vamos chegar, tenho convicção disso." Experiente, o zagueiro Émerson condena o conceito de culpar o treinador pela escassez de resultados. "É normal a torcida pensar assim, mas não concordo. A equipe está evoluindo, só precisa acertar alguns detalhes para começar a vencer", comentou. No mesmo tom, o presidente José Carlos de Miranda, que é conhecido por dar crédito aos treinadores, apóia Barbieri. Ele diz que a situação do comandante é "normal" e nega qualquer intenção de mexer na comissão técnica.

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