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Jonas (centro) comemora o único gol alviverde  em Erechim: vitória magra e futebol ruim | Edson Castro/ Futura Press
Jonas (centro) comemora o único gol alviverde em Erechim: vitória magra e futebol ruim| Foto: Edson Castro/ Futura Press

Ypiranga 0x1 Coritiba

Erechim

Ypiranga: Bruno Grassi; Thiago Gasparino, João Lima (Fred), Matheus e João Paulo; Saulo, Pansera, Emerson e Giovani (Cristiano); Cleiton e Tiago Pereira (Sylvestre). Técnico: Agenor Piccinin.

Coritiba: Édson Bastos; Jonas, Pereira, Emerson e Eltinho; Leandro Donizete, Léo Gago (Willian), Rafinha, Davi (Anderson Aquino) e Marcos Aurélio (Lelê); Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.

Estádio: Colosso da Lagoa. Árbitro: Célio Amorim (SC). Gol: Jonas (C), aos 21/1º. Amarelos: Édson Bastos, Léo Gago e Willian (C); João Paulo, Thiago Gasparino, Emerson e Fred (Y). Vermelho: Emerson (Y), aos 19/1º. Público e renda: não divulgados.

O jogo: Os donos da casa pressionaram desde o início e chegaram a criar boas chances de gol. Logo depois de o volante Emerson ser expulso por reclamação, o Coritiba abriu o placar com Jonas, dando a entender que embalaria. Mesmo com um jogador a mais, o time errou muitos passes e não mostrou a mesma criatividade do Campeonato Paranaense.

Faltou tranquilidade ao Cori­­tiba, ontem, em Erechim (RS), na estreia do clube na Copa do Brasil. Mesmo tendo um jogador a mais e com o placar favorável desde a metade do primeiro tempo contra o Ypiranga, o time de Marcelo Oliveira não repetiu o estilo de jogo que vem empolgando a torcida no Estadual. Venceu por 1 a 0, mas, jogando pouco fu­­tebol, não foi capaz de evitar a partida de volta, na próxima quinta-feira, no Couto Pereira. Mesmo assim, um simples empate basta para o time assegurar vaga na segunda fase da competição, atalho para a Libertadores.

Como já era previsível, nem bem saíram do gramado e os alvi­ver­des imediatamente viraram o fo­co para o regional. Mais precisamente para o Atletiba de do­­mingo, no Alto da Glória. No­­va­­mente o Co­xa joga pelo empate. Desta vez para comemorar o título do primeiro turno do Estadual. Com um pon­tinho, manteria cinco à frente do rival na classificação. Assim, não poderia mais ser alcançado, ga­rantindo um lugar na final do campeonato.

"Foi uma tarde não tão feliz tecnicamente, contra um adversário que deu a vida e lutou muito. Mas agora a atenção é para o clássico. É fundamental liquidarmos de vez e conquistarmos o primeiro turno", decretou o técnico Marcelo Oli­vei­ra, que mesmo antes da partida ex­plicitava a dificuldade em manter a atenção do elenco no confronto da Copa do Brasil. "Va­­mos descansar para entramos fortes e, sem dúvida, jogar bem mais do que hoje [ontem]", emendou o treinador, que debutará em Atletibas.

Quando o lateral-direito Jo­­nas, mesmo impedido, aproveitou a sobra na área e abriu o placar (21/1º), parecia que a classificação viria naturalmente, já que o volante Emerson, do Ypiranga, havia sido expulso minutos antes.

No entanto, a sina de não eliminar o segundo jogo da primeira fase da competição continuou. Desde 2005, quando bateu o CFZ-DF por 2 a 0, o Coritiba sempre precisa atuar em casa para avançar no torneio nacional. Foi assim contra o Icasa, em 2006; Caxias, em 2007; Tuna Luso, em 2008; Holanda, em 2009, e Luverdense, no ano passado.

"Com certeza [não jogamos bem]. Demos muitos contra-ataques, mesmo com um a mais. Teríamos de abrir, jogar pelas laterais. Falamos isso no intervalo, mas voltamos do mesmo jeito. Não foi ruim, mas poderíamos ter matado", reclamou o volante Leandro Donizete. "Não aproveitamos [a oportunidade de definir o confronto]", resumiu o goleiro Édson Bastos, que agora pede para que o time recupere, contra o Rubro-Negro, justamente o que faltou no Rio Grande do Sul: tranquilidade.

"Entramos um pouco mole", diz Pereira

A competição era diferente, o cenário e o adversário também, mas os cerca de 40 torcedores do Coritiba que viajaram ontem até Erechim, no Rio Grande do Sul, a cerca de 470 km de distância de Curitiba, não imaginaram ver um time tão modificado contra o Ypiranga.

A alteração, é claro, não foi na escalação. A mesma equipe que goleou o Roma Apucarana por 3 a 0 no último domingo es­­treou na Copa do Brasil. Só que ao in­­vés do futebol rápido e envolvente, com muitas chances de gol, o que se viu foi uma equipe apática em diversos mo­­mento da partida.

"Hoje [ontem], jogamos mal sim", afirmou o zagueiro Pe­­reira, lembrando que o Al­­vi­­ver­­de atuou com 11 contra 10 desde os 19 minutos do primeiro tempo – Emerson foi expulso. "O que demonstramos foi abaixo dos últimos jogos. Pelo fato de não criar, algo que não havia acontecido até agora. Tivemos volume, mas erramos muitos passes... Entramos, talvez, até um pouco mole no jogo", emendou o defensor.

A declaração do capitão alviverde foi exatamente oposta a do técnico do Canarinho. Agenor Piccinin, com passagem por diversos clubes do interior paranaense, destacou a dedicação de seu time, que atuou quase 80% do tempo em desvantagem nu­­mérica. "Perdemos, mas tivemos postura, estamos de parabéns. Vamos tentar surpreender em Curitiba", ressaltou.

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