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Val Ceará (camisa 11 do Arapongas) finalizou entre as pernas do goleiro João Carlos, do Atlético, para abrir o placar na Arena | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
Val Ceará (camisa 11 do Arapongas) finalizou entre as pernas do goleiro João Carlos, do Atlético, para abrir o placar na Arena| Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo

Vestiário

"Não pode faltar vontade"

Como a próxima rodada já é na quarta-feira, quando enfrentará o Corinthians-PR fora de casa, o Atlético não terá tempo de melhorar o condicionamento físico. Sendo assim, o técnico Sérgio Soares exigiu que ocorra uma mudança de postura por parte dos jogadores. "No começo tudo é normal. Normal não é tomar os gols pela falta de atenção que nós tivemos", disparou Soares. "Quarta teremos muito mais atenção do que tivemos hoje [ontem]", garantiu o treinador.

O volante Alê, que estreou ontem junto com Madson e Wescley, reforça o apelo feito pelo treinador. "Sabemos que ainda há falta de ritmo, mas não pode faltar vontade".

Ciente das dificuldades, o Atlético segue pensando em se reforçar. O volante Caceres, de 22 anos, com passagem pela seleção paraguaia e que estava no Cerro Porteño, deve assinar com o Furacão. Em compensação, o zagueiro Rhodolfo está mais perto da Europa. Desta vez da Espanha. Os clubes interessados seriam Tenerife e Mallorca.

Opinião - Robson Martins, repórter

Culpado, em partes

Engana-se quem credita exclusiva culpa da derrrota a Sérgio Soares. Se ele tivesse escalado os três meias (Madson, Baier e Branquinho) poderia ser acusado de ter deixado o time aberto. Caso Manoel não comprometesse de forma absurda no lance do primeiro gol, a escalação com dois volantes e dois meias poderia ter dado até resultado.

Agora, claro que Soares cometeu erros. Colocar Ivan Gonzalez no lado direito e deixar Madson em campo, quando nitidamente ele estava exausto, foram alguns deles. E não adianta dizer que "questões internas" teriam influenciado na escalação, pois isso não diminui a sua responsabilidade. Só aumenta a curiosidade da torcida e piora o clima do time.

Um último detalhe: diferente do que representantes do clube tinham informado no final do ano passado, quando ocorreram os piores confrontos entre Fanáticos e Ultras, as organizadas foram autorizadas a entrar no estádio com todos os seus adereços. Ou proíbe ou não proíbe.

  • Confira a ficha técnica do jogo

Pelo segundo ano consecutivo o Atlético não conseguiu vencer na estreia do Paranaense. Se em 2010 o empate contra o Toledo fora de casa poderia até ser considerado um resultado normal, ontem não foi possível dizer o mesmo.

A derrota por 2 a 1 para o Ara­­pongas, que voltava à Primeira Divisão depois de 20 anos, na Arena, esquentou os ânimos dos atleticanos. O Furacão não perdia na largada do Estadual há 16 anos, quando caiu diante do Paraná. Sobrou principalmente para o técnico Sérgio Soares – o treinador chegou a fazer um mea culpa após o tropeço.

"Eu assumo a responsabilidade da escalação e do resultado", garantiu ele. Muito criticado por ter colocado dois volantes, Alê e Deivid, e ter deixado o meia Bran­­quinho no banco de reservas para promover a estreia de Madson, Soares tentou justificar a sua escolha. "Optamos por trabalhar no es­­quema que já estávamos acostumados", afirmou.

A montagem inicial do time durou apenas até os 36 minutos do primeiro tempo, quando Bran­­quinho entrou no lugar de Deivid. O jogo já estava 2 a 0 para os visitantes, que tinham marcado aos 26 minutos, após uma falha do zagueiro Manoel, e aos 33, em bela cobrança de falta de Wellington.

No segundo tempo, o Furacão pressionou, mas falhou nas finalizações. Sem poder ainda contar com Lucas para ser o camisa 9 e com Madson cansado na metade final da partida, o Atlético apresentou os mesmos problemas ofensivos do ano passado.

Mesmo com os três suspostos pênaltis não marcados por Heber Roberto Lopes a favor do Furacão (lances reclamados pela torcida rubro-negra), o gol de honra acabou sendo do lateral-esquerdo Paulinho, aos 34, em cobrança de falta.

O cansaço – que tomou conta da principal contratação do ano no clube – e o pouco tempo de preparação física também serviram como justificativa para os jogadores e para o técnico rubro-negro.

"O aspecto físico tem que ter uma evolução e a qualidade vai melhorando com a parte física", argumentou Soares, pedindo muita calma e equilíbrio para que o Atlético possa recuperar os pontos perdidos em casa.

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