Sob os olhos de Parreira, Fluminense vence o Mesquita no sufoco

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Carlos Alberto Parreira não esteve à beira do campo, mas, de uma cabine do Engenhão, assistiu à vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Mesquita, neste domingo, pela primeira rodada da Taça Rio. O novo técnico do Tricolor, que foi dirigido por Gilson Gênio, deve ter chegado à conclusão que terá muito trabalho pela frente, apesar do resultado positivo.

Parreira, que foi apresentado oficialmente no último sábado, iniciará seus trabalhos nesta segunda-feira e estará à beira do campo na partida contra o Volta Redonda, nesta quarta, no Maracanã, quando também deve estrear o atacante Fred.

O Fluminense entrou em campo com uma formação diferente da que vinha sendo escalada por René Simões. O interino Gilson Gênio optou por deslocar Thiago Neves para o ataque, ao lado de Everton Santos. Assim, Leandro Bomfim se juntou a Conca na função de municiar o setor ofensivo.

E bastou a bola rolar para o Fluminense partir para cima do Mesquita, criando uma boa oportunidade de gol logo aos quatro minutos. João Paulo recebeu lançamento pelo lado esquerdo, invadiu a área, mas chutou mal, em cima do goleiro Fernando. O Tricolor era dono da posse de bola, mas insistia nas jogadas pelo meio, o que facilitava a marcação adversária, já que a equipe congestionava jogadores neste setor.

O Fluminense passou a tocar mais a bola, se aproveitando da qualidade técnica de Conca, Leandro Bomfim e Thiago Neves. Com isso, a equipe passou a chegar com mais frequência ao gol do Mesquita, mas ainda pecava nas conclusões. O time adversário se limitava a se fechar na defesa, tentando surpreender nos contra-ataques.

O novo susto do Tricolor ocorreu apenas aos 33 minutos, depois que Thiago Neves cobrou escanteio na área e Conca chutou. A zaga do Mesquita rebateu, e a sobra ficou com Luiz Alberto, que, dentro da grande área, emendou de primeira, mas a bola foi para fora, passando perto da trave direita de Fernando.

Flu troca de camisa no segundo tempo, mas não melhora o futebol Insatisfeito com a produtividade do Fluminense, Gilson Gênio não quis esperar para fazer sua primeira modificação. No intervalo tirou Leandro Bomfim e colocou o atacante Maicon. Dessa forma, passou a utilizar Thiago Neves na criação das jogadas ofensivas, ao lado de Conca. A equipe também voltou a campo com seu uniforme branco, substituindo o tricolor utilizado na primeira etapa.

A mudança teve resultado. Com mais um atacante de ofício em campo, o Fluminense ganhou força no setor e passou a chegar com mais consistência à defesa do Mesquita. A dupla formada por Everton Santos e Maicon levava perigo, mas o goleiro Fernando evitava o primeiro gol tricolor.

Aos 26 minutos, o técnico Gilson Gênio deu sua última tacada em busca da vitória. Saíram o volante Romeu e o meia Conca para a entrada do meia Marquinho e do atacante Tartá. Com isso, o Fluminense passou a atuar com três homens de frente e apenas um de contenção no meio-campo.

Mesmo assim, o Fluminense não conseguia criar muitas chances de gol. Os jogadores pecavam pela precipitação no momento dos passes e conclusões. O Tricolor passou a insistir nos cruzamentos, que eram cortados pela defesa adversária. Completamente recuado, o Mesquita tentava se segurar para evitar a derrota.

Mas não conseguiu. Aos 45 minutos, Marquinho cruzou pelo lado esquerdo. A bola chegou até Tartá, que escorou de cabeça para o meio da área. Everton Santos apareceu para concluir e garantir a vitória tricolor.