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Rivais projetam o fim da hegemonia do sérvio

Com mais de 10 mil pontos de van­­tagem para Nícolas Alma­gro, décimo colocado no ran­king da Associação dos Tenistas Profis­­sionais (ATP), e 4 mil sobre Ra­­­fa­­­­el Nadal, que está em segundo lu­­gar, No­­vak Djokovic é o cara a ser batido. Entretanto, apesar da he­­gemonia na última temporada, o ano dele promete ser mais duro. O ní­­vel dos seus adversários me­­lhorou nos últimos meses de 2011 e a concorrência por cada ponto deve ficar mais apertada nesta temporada.

Os principais rivais serão no­­vamente Nadal e Federer. A du­­pla, que não foi capaz de jo­­gar no mesmo nível que o sérvio no ano passado, promete fir­­mar a mão e endurecer os jogos contra o rival. O suíço sen­­­­tiu uma lesão no torneio de exibição de Abu Dabi, no início deste mês, e tem a condição fí­­­sica como o seu principal inimigo.

Já o número 2 do mundo apos­­ta na alteração do balanço de sua raquete, colocando mais peso na parte superior, para ga­­nhar com mais potência nos gol­­pes.

Outro que pode surpreender na corrida para desbancar Djo­­kovic é o britânico Andy Mur­­ray, atual número 4 do mun­­do. O ga­­lês mudou de treinador em busca de uma maior regularidade de suas atuações e após deixar escapar o título do Aberto da Aus­­trália, perden­­do a final de 2010 e 2011, Mur­­ray quer acabar com a sina de ainda não ter vencido um Grand Slam.

Para Fernando Meligeni, a he­­gemonia de Djokovic tem data para acabar. "Acho que a partir deste ano o posto de nú­­mero 1 vai rodar bastante. O ní­­­­vel dos tenistas está muito alto e acredito que voltaremos a ter uma grande alternância nas primeiras colocações", cravou Fininho. (CB)

As imitações engraçadas de Roger Federer, Rafael Nadal e Maria Sha­­ra­­pova ficaram para trás. Hoje No­­vak Djokovic é o tenista a ser copiado. Após um 2011 que beirou a per­­­­feição, o sérvio abre uma nova temporada pressionado para continuar encantando o mundo do tênis. O desafio inicial é o Aberto da Austrália, a partir de hoje.

No ano passado, a sequência de 43 vitórias consecutivas no primeiro semestre elevou "Nole", como é conhecido nos bastidores das quadras, da condição de tenista bem-humorado para um dos maiores jo­­gadores de todos os tempos. Após chegar ao topo, ele irá jogar em 2012 para manter-se no alto. O tenista anunciou que repetirá o mesmo calendário do ano passado.

Em 2011, a cada novo triunfo a palavra "recorde" foi a mais repetida toda vez que alguém se referia a Djokovic, 24 anos. Além da maior série de partidas sem derrota no início de uma temporada (43), ele fechou o ano como o tenista que mais arrecadou em premiação no circuito mundial. Os bolsos do atleta – atual cidadão do Principado de Mônaco – ficaram 12,6 milhões de dólares (R$ 22,69 milhões) mais cheios.

Dentro das quadras, os números dele impressionam ainda mais. Foram 70 vitórias em 76 jogos e 10 títulos conquistados, incluindo três do Grand Slam (Aberto da Aus­­trália, Wimbledon e US Open).

O ônus de todo este sucesso começará a ser visto em 2012. No­­vak Djokovic irá começar o ano com a responsabilidade de defender todos os pontos conquistados na sua temporada de ouro. O sistema de pontuação da ATP é cruel. Se repetir o desempenho de 2011 e faturar os mesmos torneios, o nú­­mero um do mundo não terá feito mais do que a sua obrigação, ou seja, não irá acumular nenhum pon­­tinho novo pelo êxito.

Entretanto, se fracassar logo nas primeiras rodadas dos campeo­natos que conquistou, Nole irá per­­der os pontos e deve ver diminuir a diferença no ranking para os ad­­ver­­sários. A sombra dos ex-nú­­me­­ro 1, Rafael Nadal e Roger Fe­­de­­rer, assusta o atual melhor do mun­­do.

"Qualquer coisa que ele fizer será pior do que 2011. Feliz ou in­­felizmente ele começa o ano sa­­bendo que o que conquistou foi um absurdo, mas um tenista do nível dele está preparado para esse tipo de pressão", afirmou o ex-atle­­ta Fernando Meligeni à Gazeta do Povo.

A caça pela supremacia de Djo­­kovic começa nesta segunda-feira com o primeiro Grand Slam da temporada. Sob o calor de Mel­­bour­­ne, os tenistas disputarão nas próximas duas semanas o título do tradicional torneio australiano, que completa 100 edições. O astro encara o italiano Paolo Lorenzi (108 no ran­­king) na abertura.

Nos últimos anos, a quadra de piso rápido e duro não tem dado mui­­tas chances para azarões. Des­­de 2006, o título fica nas mãos do trio Federer-Nadal-Djokovic. "Eles são os melhores do mundo e de­­vem começar o ano com o gás a mil", explicou Meligeni.

Além da Austrália, Novak Djo­­kovic irá defender nos primeiros meses do ano os títulos do ATP 500 de Dubai e dos fortes Masters 1000 de Indian Wells, e Miami, nos quais derrotou Nadal, em ambas as finais.

Depois de Roland Garros, onde sofreu sua primeira derrota na última temporada, para Federer, nas se­­mifinais de Paris, o sérvio tentará o bi consecutivo nas quadras de Roma, Madri e Belgrado. "Para mim, demorou cinco anos no circuito profissional para realmente me entender, para jogar o mais perto da perfeição que eu posso, para estar mentalmente preparado e para ter a confiança para ga­­nhar os maiores torneios. Agora me sinto bem", garantiu.

Se antes do recorde, as 43 vitórias seguidas pareciam improváveis, repetir a façanha neste ano é apontado como algo praticamente impossível pelos especialistas do esporte. No entanto, a confiança de Djokovic está tão em alta que ele garante ser capaz de realizar novamente a inglória missão. "Por que não? Tenho de ser otimista, preciso acreditar nas minhas qualidades e habilidades. Posso ganhar tudo de novo. Claro que será muito difícil de se conseguir isso, mas nunca se sabe. Nada é im­­possível", enfatizou.

É bom ninguém duvidar.

Ao vivo

Aberto da Austrália, a partir das 23 horas de hoje e 6 horas de amanhã, na ESPN.

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