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Segurar a bola na frente é fundamental para um time ter equilíbrio tático. O Coritiba não conseguiu fazer isso no primeiro tempo contra o Botafogo, no Rio de Janeiro. Afoito, errava muitos pas­­ses e a devolvia para os donos da casa rapidamente. O resultado foi uma avalanche alvinegra, sobrecarregando o sistema de­­fensivo coxa-branca, e o primeiro gol, no fim da etapa inicial.

Lance no qual os botafoguenses vieram trocando passes desde o campo de defesa. Até a entrada da área, algo normal. Mas a facilidade encontrada para penetrar na retaguarda chamou a atenção.

O esquema no campo ao lado mostra a tabela entre o meia Re­­nato e o lateral-esquerdo Diego. Antes dela, a defesa alviverde estava bem posicionada. Cada jogador marcando um adversário, com direito até ao volante Leandro Donizete sobrando.

Mas bastou o simples "um, dois" botafoguense para bagunçar tudo. Marcador de Renato, Lu­­ciano Amaral – que havia se deslocado da lateral esquerda durante a jogada – ignorou um fundamento básico. Ao ver o passe do meia, foi atrás da bola em vez de acompanhar o adversário. Ingenuamente, deixou-o passar livre nas suas costas para receber, já dentro da área, a devolução do companheiro e finalizar.

Responsável pela assistência, Diego era vigiado pelo lateral-direito Ângelo. Porém a uma distância que lhe permitiu pensar e executar o passe tranquilamente. Luciano Amaral, que também havia ido em direção a ele, não passou de outro observador. O zagueiro Dirceu ainda tentou fazer a cobertura, mas não chegou a tempo de evitar o chute.

No segundo tempo, o Coritiba melhorou, justamente porque segurou mais a bola no campo ofensivo. A defesa já não era tão exigida. Mas, com um jogador a menos atrás – o volante Jaílton havia sido substituído no intervalo pelo atacante Marcos Au­­rélio –, acabou levando o segundo no contra-ataque. Nova­­mente a bola saiu do campo botafoguense e percorreu todo o campo antes do gol de Lúcio Flávio, em impedimento não marcado.

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1,72

É a média de gols sofridos pelo Coritiba como visitante no Brasileiro. Foram 31 em 18 jogos. O time só não foi vazado na vitória por 1 a 0 sobre o Náutico (20 de junho) e no empate (0 a 0) com o Atlético (19 de julho).

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Gênio - Andrade

O discreto técnico flamenguista tem tirado o melhor de seus principais jogadores. Montou um esquema para o meia Petkovic, protegido por três volantes, e o centroavante Adriano, alimentado por Pet e os laterais Léo Moura e Juan.

Professor Pardal - Hélio dos Anjos

Sete rodadas atrás o Goiás era candidato ao título. O conjunto montado pelo treinador, elogiado por todos. Mas ele perdeu a mão. Nada mais do que faz dá certo. De lá para cá, cinco derrotas, dois empates e um time perdido em campo.

Operário-padrão - Maldonado

O volante chileno garante a marcação no meio de campo do Flamengo ao lado de Aírton e Willians. E contra o Atlético-MG foi decisivo. Roubou a bola na intermediária e marcou o segundo gol do time na vitória por 3 a 1.

Peladeiro - Luciano Amaral

Como no gol que quase tirou a vitória coxa-branca no Atletiba, o lateral-esquerdo foi ingênuo ao ficar marcando a bola e deixar o adversário entrar livre pelas suas costas. O erro primário ocasionou o primeiro gol botafoguense no Rio de Janeiro.

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