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Sócios votam durante a Assembleia Geral Extraordinária, realizada ontem à noite no Couto Pereira, que reformou o estatuto do Coritiba | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Sócios votam durante a Assembleia Geral Extraordinária, realizada ontem à noite no Couto Pereira, que reformou o estatuto do Coritiba| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Mudanças

Voto direto

É a principal alteração no estatuto. O associado será diretamente responsável pela escolha dos inte­­grantes dos Conselhos Deliberativo e Administrativo do clube.

Ampliação do Conselhão

O Conselho Deliberativo coritibano passa de 100 para 160 membros, aumentando a representatividade do quadro social. Para ser votado, porém, o sócio precisará de pelo menos quatro anos de vínculo. A exigência para ter direito a voto é de dois anos e um dia de ligação com o clube.

Proporção

O estatuto antigo previa que so­­mente a chapa vencedora do pleito poderia eleger os conselheiros. Pelo novo modelo, a distribuição será di­­vidida proporcionalmente ao nú­­mero de votos de que cada grupo receber.

Fim do G9

A partir de agora o poder do clube estará concentrado nas mãos de cinco pessoas (presidente e quatro vices), que formarão o novo Conse­­lho Administrativo coxa-branca. An­­tes, nove pessoas tinham res­­pon­­­sabilidade executiva sobre o clube.

Responsabilização

Dirigentes que comprometam as finanças ou gestão do clube terão de responder por qualquer prejuízo causado. Pode haver suspensão ou exclusão para quem não cumprir a norma.

Os 321 sócios do Coritiba que estiveram ontem no Couto Pereira nem precisaram votar. Ao som de aplausos, a maioria dos presentes aprovou por aclamação a reforma no estatuto do clube, modificado pela última vez há quatro anos.

O novo código, o primeiro que passou por uma assembleia geral desde 1929, começa a valer hoje, mas, na prática, grande parte das ações só terá efeito a partir da próxima eleição para a presidência, agendada para dezembro – a necessidade de vida associativa de pelo menos dois anos para estar apto a votar, e de quatro para se candidatar são duas delas.

A maior alteração do projeto aprovado ontem tem relação com a votação do mandatário do clube. A partir de agora, a escolha do presidente do Conselho Administrati­­vo será feita de forma direta, ao contrário da tradicional escolha indireta.

"É um estatuto extremamente democrático", resumiu o presidente do Conselho Deli­­bera­­tivo coxa-branca, Omar Akel, que apesar de ver apenas 9% dos 3.566 sócios que poderiam votar na assembleia, diz não acreditar que a pequena participação será um problema no futuro.

"A eleição [para presidente] é di­­ferente, está em jogo o poder dentro do clube. E, agora, com participação proporcional ao número de votos, cada chapa vai procurar mo­­bilizar a comunidade", continuou, citando outra novidade.

Antes da aclamação da nova re­­gu­­lamentação alviverde, ao todo 22 emendas sugeridas por sócios foram votadas na base do "levantar a mão". Pouco mais da metade delas, 14, foram aprovadas pela maioria e incorporadas ao estatuto, que também diminuiu o Con­­selho Administrativo de nove para cinco membros, aumentou o nú­­mero de conselheiros para 160 (eram 100) e responsabilizará dirigentes em caso de má gestão.

"Algumas pessoas queriam re­­formas maiores ou retorno de certas situações. Mas construímos junto com a nação coxa-branca um estatuto moderno e que dá ao clube muitas garantias", fechou Akel.

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