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Sócrates também jogou em Curitiba com a seleção brasileira: empate com o Chile, por 1 a 1 | Peter Philip/AFP
Sócrates também jogou em Curitiba com a seleção brasileira: empate com o Chile, por 1 a 1| Foto: Peter Philip/AFP

Sócrates enfrentou times paranaenses três vezes, defendendo o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro – vitória sobre o Colorado (4 a 1), quando anotou o seu único gol, derrota para o Coritiba (1 a 0) e empate com o Atlético (1 a 1). No outro contato com o futebol do estado, o Doutor atuou pela seleção brasileira, em amistoso preparatório para a Copa do Mundo de 1986, disputado no Pinheirão.

O primeiro confronto aconteceu em março de 1980, diante do Colorado, em São Paulo. Sócrates abriu o placar aos 40 minutos da etapa inicial – Wilsinho, Piter e Geraldão aumentaram, Carlos Alberto descontou.

"Minha função era vigiá-lo. De repente, ele começou a dar passe de calcanhar e o nosso treinador (Gerson dos Santos) ficou maluco. Fiquei bravo e provoquei: é para marcar na frente ou atrás?", relembra Alceu Menta, o Caxias, ex-zagueiro do Boca-Negra. "O futebol dele era elegância pura", define.

Coxa

Pela mesma competição, dois meses depois, o Coxa recebeu o Timão no Couto Pereira. Vilson Tadei marcou o tento da vitória coritibana. "Foi um jogo muito complicado. A (visão) periférica dele era brincadeira. Um gênio, um dos maiores de todos os tempos", afirma Dionísio Filho, lateral do Alviverde na ocasião, hoje comentarista da rádio Banda B.

Nascido em Ribeirão Preto, Dionísio iniciou nas categorias de base no Botafogo-SP ao lado do meia. "Começamos juntos, em 1971, o apelidamos de Caveira (pela magreza incomum). Mesmo depois de formado (em Medicina), sempre foi um cara humilde", recorda.

Em 1984, antes de partir para a experiência na Europa, contratado pela Fiorentina-ITA, Sócrates jogou contra o Atlético, em Curitiba. Amauri fez 1 a 0 para o Furacão e Edson Boaro igualou. "Conversei com o Magrão, ele disse que ia meter gol em mim. Respondi pra ele ‘aqui sou santo, difícil hein?", lembra Rafael Cammarota, goleiro do Rubro-Negro.

Rafael foi colega de Sócrates no Corinthians, entre 1981 e 82. Viveu o início da Democracia Corintiana, regime liderado pelo Magrão no qual os jogadores assumiram voz ativa no Parque São Jorge. "Uma pessoa simples, muito ligado à política. Pra ele as massas tinham que dominar o mundo", comenta.

Na passagem derradeira, Sócrates entrou em campo no Pinheirão, no amistoso de despedida da seleção rumo ao Mundial do México. Empate ante o Chile por 1 a 1, gols de Casagrande e Puyol. Na oportunidade, Zico torceu o joelho em um buraco do gramado e viajou como um problema do escrete de Telê Santana.

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