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Todo título tem suas histórias e a do meia Marcelinho na conquista estadual do Paraná impressionou. Mesmo sem ter sido titular em boa parte dos jogos, ele apareceu na final para substituir Maicosuel, vetado por causa de uma amigdalite, e fez o gol que será a assinatura do título.

A cobrança de falta que superou o goleiro Fábio da Adap, aos 19 minutos do segundo tempo, poderia ser mais um lance comum de uma decisão se não fosse um importante detalhe: Marcelinho sonhou e avisou que iria marcar o gol da conquista.

Como o armador não iria começar jogando – pois Maicosuel havia se recuperado de uma contusão no joelho direito –, ninguém deu muita bola para suas declarações. Mas cerca de duas horas antes da finalíssima, os médicos do Tricolor não permitiram que o titular iniciasse a partida (o novo problema era uma forte dor de garganta). Assim o sonho passou a virar realidade.

"Eu falei para vocês (jornalistas) que iria marcar. Não foi à toa que fiquei sonhando com esse gol", disse o jogador de 28 anos. "Eu não estava jogando bem, mas quem tem estrela não precisa jogar bem para brilhar", afirmou.

Apesar de ter ficado em cima da hora fora do duelo de ontem, Maicosuel não teve sua participação na conquista ofuscada. Com muito talento no meio-de-campo, o jogador também tem história para contar.

"A tristeza por ter ficado fora da final foi recompensada por toda essa festa. Nosso time jogou muito e mereceu. Somos uma família", disse ele, que chamou a atenção durante a semana anterior a final por convencer os médicos na base do choro a deixa-lo treinar mesmo machucado.

Aos 19 anos, e remanescente do grupo do ano passado, o meia viu suas primeiras oportunidades como titular surgirem na competição que terminou ontem. Principal criador das jogadas ofensivas, cravou seu nome na história do Tricolor.

Mesmo sem ter sido revelado em casa, o jovem jogador mantém a tradição paranista de ter nomes em início de carreira nos seus títulos. Na década de 90, em seis conquistas do clube atletas hoje consagrados apareceram: Paulo Miranda, Ricardinho, Maurílio, entre outros.

"Quem sabe eu não posso ser muito mais do que eles são?", questionou o atrevido jogador, que já ganhou até um apelido ousado de alguns repórteres "Robinho da Vila".

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