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Vídeo:| Foto: Reprodução RPC TV

A saga de Romário rumo ao gol mil traz uma singela participação do futebol paranaense. Em 21 duelos contra os clubes do estado (alguns passíveis de menção na biografia do jogador), viu-se o Baixinho colocar 14 bolas na rede.

Conforme dados divulgados pelo Vasco, o camisa 11 já correu para o abraço em 998 ocasiões – isto durante uma carreira de 1.249 partidas. Hoje, às 18h10, contra o Flamengo, no Maracanã, o atacante espera alcançar o milésimo tento – feito só obtido por Pelé.

Ao longo da trajetória do superartilheiro, Coritiba, Atlético e Paraná não passaram em branco. Pelo contrário. Além das comemorações de Romário, fatos marcantes colocaram o trio como antagonistas dessa história.

Foi justamente diante do Alviverde – no dia 6/2/85 – que a então promessa vascaína (ao substituir o ponta-direita Mário Tilico durante a etapa final) estreou no futebol profissional. Na ocasião, o grupo liderado pelo lendário goleiro Rafael não deu chance ao garoto Romário – à época com o cartaz de destaque da seleção brasileira sub-20.

Como a maioria dos novatos, o goleador penou entre os marmanjos: as dez primeiras aparições na equipe principal foram sem gols, duas delas diante do Coxa (campeão nacional daquele ano).

"O Baixinho nunca fez gol em mim. Não fosse eu, o cara já estaria com mil e poucos...", brinca Rafael, hoje treinador à procura de emprego. "Lembro bem de tudo. O Romário estava engatinhando, mas já era bastante conhecido. Ao lado do Roberto Dinamite, fazia uma dupla de ataque terrível. No confronto em Curitiba, o Romário ficou três vez na minha cara. Dei sorte", diz.

No site Globo.com, na página destinada ao jogador cruzmaltino, Rafael surge em destaque como um dos principais obstáculos do incansável atleta. "É uma honra. Soube disso e fico lisonjeado", complementa. Com o passar dos anos, num total de 11 desafios, o matador chegou a seis comemorações tendo como oponente o rival do Alto da Glória.

Já o legado paranista favorece muito mais o herói brasileiro na Copa de 94. Foi em 14/12/ 2005, durante partida com o Tricolor, que ele chegou à última façanha individual: artilheiro do Campeonato Brasileiro. E detalhe: aos 39 anos. Fato inédito para os chamados "veteranos da bola".

Pelos números gerais da conta levantada pelo centroavante, a eficiência dele é de de 0,79 gol/jogo. Porém, quando se depara com o time da Vila, a média chega a 1 (em seis encontros, marcou seis vezes).

Mas Romário também trouxe alívio ao torcedor do Paraná. O fato ocorreu em 12/11/98, última rodada daquele Nacional, na Vila Olímpica. Os donos da casa estavam ameaçados de rebaixamento e não poderiam tropeçar contra o Flamengo. O Baixinho errou um pênalti, ajudou na permanência do adversário na Série A e marcou para sempre a vida do arqueiro Marcelo Valença.

"Muita gente me conhece por causa dessa história", comenta ele, hoje defendendo o clube amador Combate Barreirinha. "Ele só batia penalidades no nosso canto direito. Pulei no lugar certo e peguei", vibra. "Agora, se ele chegar ao milésimo, essa defesa vai ganhar ainda mais importância na minha carreira. Torço muito por ele, um sujeito sensacional."

Em relação ao Rubro-Negro, Romário disputou apenas quatro partidas. Marcou duas vezes contra os atleticanos, mas também deixou uma marca interessante – gol no primeiro jogo oficial realizado na Arena. Corria 31/7 /99, o Furacão bateu o Flamengo por 3 a 2, mas o Baixinho deixara a sua marca antes de ser substituído.

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