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O paranaense Alexandre Pato vai carregar o peso da camisa 9 na Copa América | Fotos: Hedeson Alves, enviado especial Gazeta do Povo
O paranaense Alexandre Pato vai carregar o peso da camisa 9 na Copa América| Foto: Fotos: Hedeson Alves, enviado especial Gazeta do Povo

Los Cardales, Argentina - Fred, Vágner Love, Ricardo Oliveira, Afonso Alves, Luís Fabiano, Alexandre Pato, Adriano, Jô, Nilmar, Hulk, Diego Tardelli, Grafite... Ele já estava no meio dos centroavantes testados por Dunga antes da Copa de 2010. Mas, ainda inexperiente, o paranaense Alexandre Pato não foi chamado para a competição.

Agora mais maduro, apesar de ter ainda 21 anos, o atacante do Milan comemora a chance de disputar um torneio inteiro, a Copa América da Argentina, como titular. E quem sabe acabar com a carência de um grande camisa 9 que se instalou na seleção desde a saída de Ronaldo em 2006 – Luís Fabiano até conseguiu números significativos (ver tabela ao lado), mas não longevidade suficiente.

"Ela [a 9] foi de grandes jogadores, como o meu ídolo Ronaldo. Agora chegou a minha hora. Estou preparado e feliz", diz Pato, muito confiante após a garantia de Mano Menezes de que terá uma sequência de jogos, a partir de domingo, contra a Venezuela. "Tenho a oportunidade de começar uma nova era na seleção", reconhece.

Mano, porém, pede paciência. "Quando jogadores são muito marcantes e ficam por um período longo, há entre eles e possíveis sucessores uma distância que precisa ser percorrida. É uma grande injustiça comparar um ídolo, em sua trajetória final, com um jogador que está iniciando", pondera.

Quando estreou na seleção, marcando o gol da vitória por 1 a 0 no amistoso com a Suécia (26 de março de 2008), Pato tinha 18 anos. Dois meses antes havia vestido pela primeira vez a camisa do Milan. "Hoje são quase quatro anos de Europa. Aprendi muito."

Apesar do bom começo, ele não emplacou na seleção de Dunga. Ainda chegou a ser convocado para a Copa das Confederações, em 2009. "Lá, joguei dez minutos [contra o Egito, na vitória por 4 a 3]. Não deu para mostrar o futebol que todos esperavam", recorda.

A partir daí, o Mundial ficou distante. Dunga passou a convocar com mais frequência, além do titular Luís Fabiano, Diego Tardelli, Adriano e Nilmar – jogador mais de movimentação, mas que também atua como centroavante. No fim, se decidiu pelo último e a surpresa Grafite, que nem chegou a vestir a 9. Só entrou no segundo tempo de partidas.

Quando Mano assumiu – após a eliminação nas quartas de final na Árica do Sul – a aposta em Pato foi imediata. Já formava o quarteto com Ganso, Neymar e Robinho, esperança para a Copa América, no amistoso com os Estados Unidos, em agosto. Balançou uma vez a rede nesse jogo (2 a 0) e nos seguintes, contra Irã (3 a 0) e Ucrânia (2 a 0). Mas passou a sofrer com lesões e só atuou mais uma vez, na derrota para a França (0 a 1).

Contando o primeiro gol, contra a Suécia, quando vestia a camisa 21, são quatro pela seleção. Para assumir de vez a 9, terão de ser os primeiros de dezenas.

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