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Para o pré-olímpico, a técnica londrinense Camila Ferezin vai adaptar a atual coreografia a uma nova música, com ritmo brasileiro, para marcar a identidade  do conjunto | Fábio Borges/Vipcomm
Para o pré-olímpico, a técnica londrinense Camila Ferezin vai adaptar a atual coreografia a uma nova música, com ritmo brasileiro, para marcar a identidade do conjunto| Foto: Fábio Borges/Vipcomm

Além do talento, uma equipe precisa, às vezes, contar com a sorte. Foi assim com o conjunto da seleção brasileira de ginástica rítmica, comandada pela londrinense Camila Ferezin. Quando as ginastas já não pensavam mais nos Jogos Olímpicos de Londres, ano que vem, receberam uma nova chance de disputar o Mundial da França, em setembro, que serve como pré-olímpico. Os seis melhores países garantirão o passaporte para a Inglaterra.

No ano passado, a seleção de conjuntos ficou somente com a 26.ª posição no Mundial da Rússia, deixando o Brasil de fora das 24 equipes que participariam da competição em solo francês. Mas foi aí que a sorte soprou para o lado do Brasil: em uma situação difícil de acontecer, dois países saíram da disputa, e a vaga caiu direto nas mãos do conjunto brasileiro.

A Coreia do Norte (24.ª colocada) foi desclassificada de todas as competições por dois anos, após falsificar a idade e matrícula da ginasta Hong Su Jong. Próxima na lista, a Geórgia (25.º no Mundial passado) recusou o convite. A confirmação de que o Brasil teria a chance de conquistar um lugar em Londres veio durante a etapa da Copa do Mundo em Kiev, no último final de semana.

Até então, o foco do conjunto brasileiro era a busca do tricampeonato no Pan-Americano, que este ano será em Guadalajara (México), em outubro, e a preparação para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.

A técnica londrinense assumiu a seleção em fevereiro, quando a participação no pré-olímpico não estava no calendário nacional. Agora tem a missão de reorganizar o cronograma e preparar a equipe para a conquista da vaga olímpica. "Mudamos o rumo e vamos traçar novas metas nessa semana", afirma Camila.

Ela diz ser possível conciliar os dois objetivos: ficar entre os seis melhores no Mundial, em setembro, e, em outubro, brigar por mais um ouro, no México. "Umas das metas é superar o Canadá, tanto na disputa pela vaga, quanto no Pan, pois é um adversário forte e um rival nosso no continente", completa.

A principal mudança na parte técnica será a alteração da música. A atual será substituída por uma brasileira, para criar maior identificação. Com isso, a técnica preparará somente alguns encaixes na coreografia atual.

A londrinense Débora Falda, 15 anos, afirma que a notícia pegou todos desprevenidos, mas que é uma chance a mais para mostrar o crescimento da equipe, que chama a atenção de outros países pela qualidade e força que demonstrou nas últimas competições. "Precisamos representar bem o país e mostrar o nosso trabalho", conta a ginasta, que treina com a equipe na seleção permanente em Aracaju (SE).

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