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A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) requisitou ontem a súmula e as fitas de Atlético e Paraná para analisar os incidentes que antecederam o clássico de sábado, na Arena. A confusão envolveu dois torcedores rubro-negros, quatro jogadores do Tricolor e pode render uma punição ao time da Baixada.

O procurador-chefe do STJD Paulo Schmidt disse ser cedo ainda para uma análise do caso. Mas, em princípio, existiriam duas possibilidades de o clube ser enquadrado com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

A mais simples seria a pena do artigo 206, que prevê multa de até R$ 5 mil por minutos ao time que der causa ao atraso do confronto como mandante. Segundo a súmula do paranaense Héber Roberto Lopes, a demora foi de três minutos.

A outra, bem mais sereva, seria a aplicação do artigo 213, cuja previsão é de R$ 50 mil a R$ 500 mil, além da perda de uma a três partidas. A acusação seria de "deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desporto."

"Por enquanto, tudo é incipiente. Não se caracteriza invasão de campo, pois isso ocorre quando o jogo já estava em andamento ou no seu intervalo. Então vamos analisar os procedimentos do clube saber para se foram tomadas as medidas preventivas", explicou Schmidt.

A confusão na Arena ocorreu quando o Paraná entrou em campo para fazer aquecimento. Segundo a súmula do árbitro, os jogadores teriam sido atrapalhados por Weverson Pontes e José Ariel de França, que tremulavam bandeiras no gramado.

Peter, Flávio, Neguette e Gustavo reclamaram da atitude e acabaram trocando insultos e encontrões com os atleticanos. No próprio sábado, os jogadores lavraram boletim de ocorrência e agora prometem registrar as agressão em delegacia.

Os ânimos na Arena só se acalmaram com a intervenção da polícia, que retirou os torcedores de campo. Segundo a súmula, não sem resistência muito forte e inclusive agredindo os policiais com suas bandeiras.

"Tudo o que aconteceu está na súmula. Não posso fazer mais nenhum comentário. Mas nunca tinha visto algo assim em outro jogo", falou Héber Roberto Lopes.

O clube não informou se manterá a permissão à manifestação usual dos seus torcedores em campo no jogo de amanhã, contra o Vasco.

"Não sabemos nada ainda. Não queremos que o clube seja punido e esperamos que as imagens esclareçam os fatos e os jogadores do Paraná parem de dizer que não houve provocação da parte deles", disse Juliano Rodrigues, vice-presidente da Os Fanáticos.

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