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O mapa da mina corintiano é semelhante ao que rendeu ao maior rival, o Palmeiras, seu grande momento de glória. Com a MSI, fundo de investimentos internacional, o Timão vem repetindo o sucesso da era Parmalat, primeira parceria bem sucedida no futebol brasileiro. De diferente, apenas o montante investido, o retorno mais rápido e a duração do pacto.

Para causar impacto, o iraniano Kia Joorabchian contratou logo Carlos Tevez, uma das revelações do futebol argentino. Gastou US$ 18 milhões. Ao longo do ano, as cifras subiram para US$ 113 milhões. Além do meia de 21 anos, outros seis jogadores reforçaram o clube por intermédio da parceria. Aos jovens Carlos Alberto (20 anos), Nilmar (21 anos), Mascherano (21 anos) e Sebá (24 anos), se juntaram os experientes Róger (26 anos) e Marinho (29 anos).

A aposta em atletas mais novos pode significar uma reprise do que fez a multinacional italiana no Parque Antártica: comprar para revender. Em 1992 e 1993, seus primeiros anos de Palmeiras, a Parmalat desembolsou US$ 11 milhões para formar um time forte. A intenção inicial de reforçar a imagem da empresa foi por terra quando ela percebeu que lucrava mais vendendo as estrelas do que mantendo um elenco caro. Assim, não fazia muita força para segurar os jogadores.

Mais incisiva em sua entrada no mercado da bola, a MSI colheu logo seus frutos. Apesar de problemas de relacionamento com dirigentes do Corinthians e do fracasso com o técnico argentino Daniel Passarella, a parceria chegou ao título nacional logo no primeiro ano.

O êxito corintiano se deve, em parte, a atitudes da MSI em relação ao elenco. Primeiro, 13 pratas-da-casa receberam aumento de 80% a 100% em seus vencimentos. Antes disso, os recém-contratados recebiam 70% da folha salarial do clube. Esse aumento representou R$ 120 mil a mais nas despesas mensais.

Patrocínio

Além do contrato de dez anos com o fundo de investimentos – que não estipula um mínimo de investimento nos próximos nove anos, apenas uma promessa de montar times competitivo –, a diretoria alvinegra fechou um contrato de patrocínio com a Samsung. O acordo de dois anos rende quase R$ 15 milhões anuais.

Torcem os corintianos para que o fim da união seja diferente do que ocorreu com o rival. Como durante a parceria o clube desprezou as categorias de base, ficando dependente das contratações de peso da Parmalat, o Palmeiras entrou em crise após a separação. Desestruturado, passou até um longo ano na Segunda Divisão.

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