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Começou ontem a aventura do pernambucano Givanildo Oliveira em terras paranaenses. Tal qual um retirante que deixa o Nordeste em busca de oportunidades no "Sul maravilha", o treinador trocou o Santa Cruz pelo Atlético pensando em crescer na carreira.

Não que o novo técnico rubro-negro passasse dificuldades na terra natal. Pelo contrário, com uma vasta coleção de títulos, é muito respeitado na metade de cima do Brasil. Foi a sede de mais visibilidade nacional que o fez tomar o rumo de Curitiba.

"Fazer um bom trabalho aqui é importante para a minha carreira e para o próprio Atlético. O clube vai crescer se começar a ganhar e conquistar títulos. Eu conseqüentemente também", discursou Givanildo em sua apresentação, ontem, no CT do Caju, após o primeiro contato com a fria garoa curitibana.

Em 23 anos de carreira como treinador, o mais perto que ele chegou do Sul do país foi Belo Horizonte, quando treinou o América-MG entre 1996 e 98. Mas não é o seu primeiro desafio além das fronteiras nordestinas. Nos tempos de jogador, morou nas duas maiores cidades do país para defender Corinthians e Fluminense – volante de marcação, disputou inclusive 13 jogos pela seleção brasileira.

O experiente Givanildo se apega no retrospecto vitorioso – 18 títulos na carreira de técnico – para vencer qualquer desconfiança e conquistar o mesmo reconhecimento obtido por onde já comandou equipes: Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Pará e Minas Gerais.

"Já estou um pouco rodado. Agora tenho que aplicar aqui o que venho aprendendo nesses anos todos. Trabalhar em cima do que já fiz na minha profissão", disse o técnico, aproveitando para mandar um recado a quem desmerece as taças conquistadas em campeonatos de menor expressão. "Todo título que você ganha, não importa aonde, tem seu peso."

Ele entende que a primeira grande tarefa será fazer o time vencedor novamente. "É complicado o momento pelo qual passa o Atlético. Mas já assumi muitos clubes em situações piores e conseguimos dar a volta por cima", analisou.

O treinador se mostra mais preocupado com o trabalho de campo do que em fazer o papel de psicólogo. "O lado emocional os jogadores precisam esquecer. As coisas ruins já passaram. Temos um compromisso importante no dia 5 (segundo jogo contra o Volta Redonda, pela Copa do Brasil) e começamos a treinar amanhã (hoje). Todo time sempre precisa aprimorar a parte tática", afirmou Givanildo, feliz por ter duas semanas de treinamentos antes de estrear.

Sabendo da impaciência da torcida com a eliminação no Paranaense, ele pediu um crédito para o início do trabalho. "Estou apenas começando. Não tenho nada a ver com o que passou. Acho que os torcedores devem apoiar para nos ajudar a melhorar. Vaiar é normal quando o time não vai bem, o que não se admite é que isso aconteça antes de uma partida."

Com apoio, Givanildo pretende ir longe no comando do Furacão. E, pela empolgação demonstrada com o novo desafio na carreira, não parece ser qualquer coisa que vai fazê-lo voltar correndo para casa depois do primeiro problema que aparecer.

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