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Thiago Silva levanta o troféu da Copa das Confederações: espelho para a Copa do Mundo | Albari Rosa, enviado especial/Gazeta do Povo
Thiago Silva levanta o troféu da Copa das Confederações: espelho para a Copa do Mundo| Foto: Albari Rosa, enviado especial/Gazeta do Povo

O novo Maracanã consagrou seu primeiro grande ídolo. Diante de mais de 70 mil pessoas que ficaram em pé para gritar seu nome, Neymar recebeu a Bola de Ouro de craque da Copa das Confederações. Também levou para casa a chuteira de bronze de artilheiro e a medalha de campeão.

Virou destaque da versão on-line do diário Marca, da Espanha, com a alcunha Neymarazo – referência ao Maracanazo, apelido dado pelos uruguaios à derrota brasileira na final da Copa de 50.

O desfecho perfeito de um torneio em que o novo camisa 10 da seleção foi decisivo da estreia até a final. Contra o Japão, fez o primeiro gol do time e do evento. Frente aos espanhóis, carimbou os três gols do título. Pressionou a zaga da Roja junto com Fred no primeiro. Teve inteligência para sair da posição de impedimento, receber o passe de Oscar e estufar a rede no segundo. Abriu espaço com um corta-luz para a bola de Hulk encontrar Fred no terceiro.

"Para muitos era impossível e nada é impossível. A equipe jogou muito, mais do que esperávamos. A gente sabia da grande seleção que era a Espanha, mas somos a seleção brasileira", afirmou o atacante, que atinge seu momento de maior unanimidade com a camisa amarela.

Será com esse status que Neymar chegará ao Barcelona. Amanhã ele joga um amistoso beneficente organizado por Lionel Messi no Peru. Faz uma cirurgia de garganta na sexta-feira e depois tira férias até a segunda quinzena de julho, quando se apresentará no CT de La Masía. A estreia será dia 2 de agosto, em um amistoso com o Santos, no Camp Nou. A primeira disputa de título será nos dias 21 e 28 do mesmo mês, contra o Atlético de Madrid, pela Supercopa da Espanha. Não se sabe exatamente com qual camisa. Neymar descarta a 11, de Thiago Alcântara, e qualquer outra que já tenha dono.

Independentemente do número, a grande curiosidade será como Neymar irá jogar. Como na seleção e no Santos, deve ocupar o lado esquerdo do ataque, ao lado de Iniesta e Alba. Terá as missões de dividir com Messi a artilharia da equipe e adaptar seu bom jogo individual ao estilo coletivo do Barça. Ontem, sua atuação impecável deu a Álvaro Arbeloa, lateral-direito da seleção espanhola e do Real Madrid, o tormento que o espera nos próximos Superclássicos. Amarelado, o defensor foi substituído por Vicente Del Bosque no intervalo.

"O Neymar foi fatal", rendeu-se Iker Casillas, outro que irá encontrar o brasileiro na Liga Espanhola. "Faz coisas magníficas. É muito rápido, tem muito talento, muita qualidade. Fico feliz que agora sejamos companheiros", acrescentou Gerard Piqué, zagueiro do Barcelona expulso por uma falta no brasileiro.

Velocidade e habilidade estão no centro da primeira discussão sobre Neymar dentro do Barça. O departamento médico do clube considera que ele precisa ganhar peso para aguentar a pegada do futebol europeu, algo que agrada a seleção brasileira. "Se ele ganhar até três quilos de massa muscular, será ótimo para o seu futebol", confia o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. O estafe do jogador teme que afete a estrutura física e a mobilidade de Neymar.

"Espero que me adapte o mais rápido possível e ano que vem possa fazer uma bela Copa do Mundo", disse o atacante que o Brasil espera receber na Copa melhor do que entregou ao Barcelona.

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