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O veterano Anderson, ex-jogador da seleção, atualmente no Vivo/Minas, e o levantador Bruno, da seleção e do Cimed/Sky | CBV
O veterano Anderson, ex-jogador da seleção, atualmente no Vivo/Minas, e o levantador Bruno, da seleção e do Cimed/Sky| Foto: CBV

A Superliga Masculina de Vôlei co­­­­meça amanhã com a partida entre o atual campeão Sesi (SP) e o estreante RJX (RJ), às 11h30, no Gi­­násio da Vila Leopoldina, em São Paulo. Mais do que o início da principal competição no Brasil, o jogo marca o fortalecimento técnico e econômico do esporte no país a menos de um ano da Olimpíada de Londres, com a quase totalidade dos jogadores da seleção do técnico Bernardinho desfilando pe­­las quadras nacionais.

Os investimentos foram maciços no vôlei, a exemplo da criação do RJX, com um aporte pesado do homem mais rico do Brasil, Eike Batista. São mais de R$ 13 milhões no primeiro ano de clube, sem contar o apoio do governo do estado do Rio de Janeiro. Não à toa, a equipe começará o torneio com quatro jogadores da seleção: Mar­­lon, Theo, Lucão e Dante. Além de­­les, Alan e Lipe também já de­­fenderam o time nacional.

O bom momento econômico gerou uma inversão na rota olímpica. Enquanto nos Jogos de Pe­­quim-2008 a seleção brasileira teve apenas dois jogadores que atuavam no Brasil – Anderson e Bruno –, em Londres-2012 esse número pode saltar para quase 100% da equipe.

Dos 14 atletas que estiveram na Copa do Mundo do Japão em no­­vembro – o Brasil foi o terceiro e garantiu a vaga olímpica com an­­tecedência –, 13 deles vão jogar a Superliga. Somente o ponteiro João Paulo Bravo atua fora do Bra­­sil, no Arkas Sport Club, da Tur­­quia.

"Os resultados que o Brasil conquistou nos últimos dez anos re­­fletem esse bom momento da eco­­nomia. Os jogadores da seleção aqui acabam engrandecendo ainda mais o nosso vôlei, os ginásios enchem e as pessoas acompanham mais. E isso tende a crescer", comentou o levantador da seleção Bruno, do Cimed/Sky (SC), que tem como companheiros de clube os também selecionáveis Giba e Gus­­tavo.

Como prova da nova realidade caseira está o ponteiro Dante. De­­pois de três anos no russo Dínamo de Moscou, o jogador está de volta ao Brasil para defender o RJX. Ele diz acreditar que essa tendência pode ajudar diretamente a seleção. "Agora o Bernardo [Ber­­nar­­dinho, técnico do Brasil] vai ter quase todos os atletas para acompanhar de perto. Vai poder programar melhor tudo, inclusive já sa­­bendo a data em que todos estarão livres. Isso vai ajudar muito para fazer um planejamento para Lon­­dres", disse.

O levantador Marlon, também do RJX, comemora a Superliga mais forte e não vê motivos para sair novamente do Brasil –jogou três temporadas na Itália. "Isso faz com que a gente não tenha expectativa nenhuma de ir embora. Com o investimento, com as equipes em condições de buscar títulos, morando em casa, as chances de sair diminuem muito."

Ter os companheiros de seleção na mesma liga é sinônimo de competição mais acirrada. Ao me­­nos é o que imagina o ponteiro Giba. "Pensamos lá [em Londres], mas aqui é um contra o outro e não quero nem saber. Quem estiver do outro lado da rede, está lá. Depois batemos papo e damos ri­­sada juntos. Todo mundo quer ganhar. Mas o importante é manter um nível de campeonato sempre alto", fechou o jogador paranaense, do Cimed/Sky.

*O jornalista viajou a convite da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)

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