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Um e-mail anunciando a suspensão do Autódromo Internacional raul boesel deixou em polvorosa a prefeitura de Curitiba e criou um mal-estar entre o governo municipal e o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Paulo Scaglione. A mensagem eletrônica, enviada pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), comunicava a punição ao circuito curitibano em razão de atrasos na sua preparação e da precariedade das barreiras de pneus durante a etapa brasileira do FIA WTCC, disputada em julho na capital paranaense.

O mesmo documento trouxe declarações de Scaglione criticando de maneira contundente a prefeitura pelos problemas apontados, dizendo que ela "expôs o automobilismo brasileiro a um ridículo internacional". A acusação foi rechaçada pelo presidente do Instituto Municipal de Turismo Luiz de Carvalho, que admitiu ter ficado preocupado e surpreso com o que leu. "A responsabilidade técnica pela prova é da CBA e do Autódromo, não da prefeitura", disse. "Temos interesse no evento e ajudamos como é possível. Nossa responsabilidade é institucional", complementou, considerando a declaração "uma leviandade".

Pelo lado da CBA, Antônio de Souza, diretor de Planejamento e Marketing, disse que a entidade tem somente a missão de organizar e supervisionar a prova. Segundo ele, o problema ocorreu porque "as negociações não foram claras" e por isso o Autódromo e a CBA acabaram arcando com despesas para adequar o circuito às pressas. O dirigente também alfinetou a Prefeitura.

"Prometeram coisas que não puderam cumprir", afirmou, se referindo a um suposto apoio para colocar o Autódromo dentro das especificações da FIA. Novamente, Luiz de Carvalho rebateu a crítica. "Tudo que a prefeitura assumiu foi cumprido, como a campanha de divulgação do evento", resumiu.

Intermediário na aproximação de Curitiba com a categoria turismo internacional, o empresário Augusto Farfus admitiu a bronca da FIA em reunião realizada na segunda-feira. Depois de conversar ontem com Marcelo Lotti, italiano mentor do WTCC na Europa, a crise foi contornada temporariamente. A corrida na capital paranaense, prevista para abrir a temporada 2007 no dia 11 de março, está garantida. Apesar de ainda ameaçada, o risco do cancelamento é pequeno.

"O Marcelo (Lotti) vem para cá nos dias 25 a 27 de outubro para conversarmos e tomarmos as medidas necessárias. O maior problema é dos pneus – a FIA exige inclusive lonas mais fortes na proteção. Isso é fácil de resolver. Tudo está tranqüilo agora", comentou, aliviado com o desenrolar da confusão. O Autódromo passará por nova vistoria até o fim de fevereiro. Essa visita definirá se as falhas de organização foram solucionadas.

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