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A briga judicial entre J. Malucelli e Adap Galo – desencadeada pelos erros do árbitro Edemar Paris no duelo do dia 31 de janeiro – pode ter hoje seu último capítulo. Mas, como tudo envolvendo o Campeonato Paranaense, a situação não é tão simples assim.

No julgamento no pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), hoje, a partir das 15 horas, no Rio de Janeiro, a decisão pode ser tanto a última dada pela instância esportiva quanto o pontapé para que a novela de tribunais seja reiniciada.

Para se entender o caso, é preciso relembrar os fatos. Na partida em questão, os jogadores do Jota ainda comemoravam a abertura do placar no campo do adversário quando sofreram o gol de empate. O tento irregular foi confirmado pela arbitragem, apesar da reclamação do time da casa.

Fora das quatro linhas, o time de São José dos Pinhais ganhou do TJD-PR o direito de retomar o confronto a partir dos 28 minutos do segundo tempo, com o placar apontando 1 a 0 a seu favor. O tribunal entendeu que houve erro de direito (desconhecimento da regra) por parte do trio do apito.

Minutos antes de a bola voltar a rolar no Pinhão, um recurso da Adap Galo na instância superior, o STJD, cancelou o replay. É essa ação da equipe de Maringá que será julgada nesta tarde.

Mas antes mesmo de julgarem o mérito da questão, os auditores irão votar um pedido preliminar. Como foram encontrados muitos erros no processo quando este estava no TJD-PR, há uma sugestão de que tudo volte a ser julgado no âmbito local, o que levaria o processo de volta à estaca zero.

"É possível que a preliminar seja superada e o processo termine amanhã (hoje) mesmo", opina o procurador geral do STJD, Paulo Schmitt.

Advogado do J. Malucelli na causa, Domingos Moro prevê muita dificuldade para o lado do Caçula – que sem o tapetão estaria eliminado da competição –, mas sonha com uma solução inédita no país.

"A discussão será se foi erro de direito ou de fato. Se o que aconteceu, e que estará comprovado com as imagens, não for considerado erro de direito, então nunca teremos erro de direito. Será o absurdo dos absurdos", fala o advogado. "Então vou sugerir que se retire o erro de direito do código porque vai ficar claro que é uma letra morta, não vale nada", conclui. Moro, porém, admite que a tendência é a manutenção do resultado.

As outras possíveis decisões são a repetição completa do confronto – e o Malita segue treinando para essa hipótese – ou a homologação do resultado como 1 a 0 para o Jota, algo bem menos crível. O resultado do julgamento pode modificar a segunda fase do Estadual, com o Jota alcançando a 7.ª colocação se conseguir os três pontos, empurrando o Rio Branco para 8.º e eliminando o Cascavel.

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