Tapetão não dá paz ao Estadual

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Um problema se vai e outro se forma. Essa é a sina do Paranaense 2007. Depois de se ver livre dos problemas envolvendo o jogo entre J. Malucelli e Adap Galo (leia texto ao lado), a rodada do fim de semana do Estadual passou de ameaçada a confirmada para, depois, ficar mais uma vez sob o risco de não acontecer. Desta feita, o risco surgiu de desentendimentos entre Federação Paranaense de Futebol (FPF) e Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no tocante a registro dos jogadores. Dois atletas, cuja situação contratual é considerada em ordem pela entidade local, se encontram "fora da lei" diante do órgão que rege o futebol no país.

O primeiro caso, levantado pela própria CBF, é o de Paulo Augusto da Silva, do Rio Branco. Apesar de a FPF garantir que enviou toda a documentação de seu empréstimo do Iraty para o Leão no início do ano, o nome dele só surgiu no Boletim Informativo Diário (BID) da confederação em 6 de março. Como esse é o meio oficial para confirmar a condição de jogo dos atletas, todas as atuações do meio-campista do clube podem ser questionadas.

Isso já levará o time a julgamento na segunda-feira por sua presença na Copa do Brasil, contra o Avaí – em processo que pode tirar a equipe litorânea da competição. Agora, quem levanta suspeita sobre a irregularidade de Paulo Augusto é o J. Malucelli, que apresentou queixa ontem no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR).

Na mesma toada, o Londrina também argumenta na justiça esportiva que o atacante Clayton Carreta tem disputado o Paranaense sem o aval da CBF. Isso porque seu nome, até ontem, não constava no BID. O presidente do Tubarão Peter Silva esteve na sede da FPF ontem à tarde para estudar o caso. Conversou com o presidente Onaireves Moura, recebeu ofício do departamento de registros garantindo a condição de jogo dos suspeitos, mas nem bem saiu de lá e o LEC buscou o apoio do TJD para tentar se classificar à próxima fase na marra.

"Foi um encontro esclarecedor. Mas se há uma chance de ganhar a vaga, eu preciso tentar", confessou o cartola.

Além da queixa contra os dois jogadores, foi pedida ainda a suspensão da rodada de amanhã. No início da noite, o TJD aceitou a reclamação sobre os atletas, mas manteve o campeonato em andamento. Agora, a procuradoria ouvirá as defesas dos interessados – o prazo final é quarta-feira – antes de decidir se faz ou não a denúncia. Essa decisão deve sair até a próxima sexta-feira.