Tcheco experimenta valorização extracampo no Coritiba

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Logo após pendurar as chuteiras, Tcheco teve de conviver com as brincadeiras dos outros jogadores quando ia almoçar na mesa da comissão técnica. Hoje, mais de dois meses depois do seu último jogo dentro de campo, o ex-atleta ganhou importância como auxiliar-técnico. Algo que ele nem imaginava que iria acontecer.

Logo ao se aposentar, Tche­­co virou assistente do superintendente de futebol do Coxa, Felipe Ximenes. Ele viu os bastidores do clube, das negociações, e concluiu que aquilo não era para ele.

"Deu para ver outro lado do futebol. Apesar de estar neste meio há bastante tempo, a gente não tem noção do que se passa fora das quatro linhas", admite. "Não sabia que a dimensão disso era tão grande. Tem a questão política, tem de ter jogo de cintura na relação com jogadores e empresários. Não me empolguei muito, pediram paciên­cia. Mas não tenho a pretensão de trabalhar com isso", avisa.

Então, veio a demissão de Marcelo Oliveira. O ex-meia garante não ter sido convidado para ser o novo treinador e que, se fosse, não aceitaria, pois não pretende seguir esta carreira. Porém, aproveitando o conhecimento dele sobre o grupo de jogadores, a cúpula coxa-branca o convidou para auxiliar Marquinhos Santos.

"Eu aceitei para ajudar neste momento difícil que o Coritiba está passando. É uma grande missão", afirma. "Quando aceitei o convite, deixei claro que seria mais do que um tradicional auxiliar. Sou participativo. Posso falar a linguagem dos jogadores, chamar a atenção quando é preciso e elogiar quando é necessário", conta.

E é justamente nesse papo, às vezes até individual, que Tcheco tem sido importante na tentativa alviverde de fugir do rebaixamento. "Ele fala no vestiário, conhece bem o elenco e cobra bastante. Tem feito uma boa dupla com o Marquinhos Santos", conta o meia Robinho.

Com contrato até o final do ano e sem interesse em ser técnico ou gerente de futebol, Tcheco prefere não planejar o futuro. "Ser auxiliar está bom", admite o ex-atleta, sem causar mais tanta estranheza ao elenco quando se senta à mesa da comissão técnica.