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Ex-técnico da seleção feminina, Antônio Carlos Barbosa criticou duramente o que, em sua opinião, foi um "excesso de valorização" dos jogadores da NBA na equipe masculina. Para o treinador, atual supervisor de seleções da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), esse foi um dos fatores determinantes para a derrota do Brasil para a Argentina nas semifinais do Pré-Olímpico de Las Vegas.

- Tivemos pouco tempo de treinamento com jogadores da NBA. O fato de um atleta jogar na NBA quer dizer que ele é bom, mas não que vai ser campeão. Leandrinho, Nenê, Varejão (o ala não disputou a competição por problemas contratuais com sua equipe, o Cleveland Cavaliers), esses jogadores não têm poder de decisão. O Nenê estava gordo, fora de forma. Valorizam muito os jogadores de NBA, eles não são isso tudo - disse o técnico, durante palestra para professores das Olimpíadas Escolares, que acontece em Poços de Caldas (MG).

Barbosa também fez questão de se colocar contra a decisão da CBB, que pretende contratar um técnico estrangeiro para o lugar de Lula Ferreira, que deixou seu cargo após o quarto lugar no Pré-Olímpico.

- Todo mundo fala que precisa modernizar o basquete brasileiro, mas o que é modernidade? O que é moderno nos Estados Unidos e Europa é a estrutura de treinamento, mas o estilo, cada equipe tem que achar o seu. Um estrangeiro não vai consertar tudo o que está errado em seis meses - afirmou, referindo-se ao tempo que o técnico novo, que será anunciado em dezembro, terá até o Pré-Olímpico Mundial, última chance de conquistar uma vaga em Pequim.

Preparação física seria problema para as mulheres

Segundo Antônio Barbosa, a derrota das mulheres para Cuba na semifinal do Pré-Olímpico de Valdívia foi apenas uma "fatalidade". No entanto, Barbosa alertou: a preparação física é um problema na seleção, o que pode ser prejudicial no futuro. Além disso, ele relembrou um episódio ocorrido no Pan-Americano 2007, quando ainda comandava a seleção, para mostrar que ainda falta um pouco mais de disciplina a algumas atletas.

- A seleção tem um nutricionista, mas isso não funciona bem. A equipe fica em um hotel, aí é complicado. No Rio de Janeiro, soube de um garçom que levava doces para o quarto das meninas. É preciso ter mais consciência.

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