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Percy Onken caça no Paraná novos talentos para a seleção brasileira | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Percy Onken caça no Paraná novos talentos para a seleção brasileira| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Enquanto o Brasil ainda comemora o terceiro título mundial da seleção masculina de vôlei, um paranaense trabalha para garantir a hegemonia brasileira dentro das quadras nos próximos anos. O londrinense Percy Onken, técnico das seleções na­­cionais infantojuvenil e juvenil, procura talentos de até 19 anos com potencial para se tornarem os próximos Gibas, Ri­­cardinhos, Murilos, Serginhos.

Encerrado o calendário de competições das seleções de base em 2010, Percy está em Curitiba para assistir ao máximo dos 312 jogos da Taça Paraná (até 2 de novembro), que reúne os principais times do Brasil de atletas entre 12 e 17 anos, em busca de novos selecionáveis para a disputa dos campeonatos Mundiais, em 2011. "Já tenho uma base formada para essas competições, mas tem muitos bons atleta aparecendo", fala.

Com um currículo vencedor – são 14 títulos em 17 anos à frente das seleções de base –, afirma que apenas dá uma "pequena contribuição" para o sucesso do vôlei brasileiro. Na verdade, é um dos principais responsáveis em encontrar, preparar e "fornecer" atletas de qualidade para a seleção adulta, comandada por Bernardinho.

Dos 14 atletas que venceram o Mundial na Itália, apenas Bru­­ninho e Lucão não competiram com Oncken no infantojuvenil. Boa parte dos principais atletas do país teve sua primeira convocação feita pelo paranaense de 49 anos. Foi o caso de Giba, que vestiu a camisa da seleção pela primeira vez em 1993, aos 16 anos.

Nos mais novos, Oncken procura a combinação de técnica, personalidade em quadra e estatura. "Embora este não seja um fator determinante, temos casos de exceção, como o Giba e o Mu­­rilo", diz. Quando assumiu o posto de técnico pela primeira vez, há 30 anos, em Rolândia, a média de altura dos jogadores era de 1,85 metros. Hoje, a seleção juvenil é 11 centímetros mais alta. Nas equipes adultas, o crescimento é ainda maior: na Superliga, serão 103 jogadores com mais de 2 metros.

O trabalho de Oncken visa a renovação, a manutenção do nível técnico e, claro, um bom desempenho na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. "Au­­­menta a responsabilidade, mas temos já as futuras gerações dando resultados". O time juvenil é defenderá, em 2011, o tricampeonato mundial, na Argentina.

Casado com a levantadora do time do Macaé (RJ), Lílian Lima, e pai de três filhos – Camila, 28 anos, Natália, 25 e Murilo, 5 – Percy começou a jogar vôlei pelo convite de professores em Umuarama, onde viveu até os 18 anos. "Eu queria ser jogador de futebol. Era lateral-direito, mas um lateral-direito ruim. O que me fez tentar o vôlei, confesso, foi ver os treinos das meninas", conta.

Ele lembra que, na década de 1980, o norte do Paraná era a re­­gião forte da modalidade no estado. O que lhe faz festejar a estreia de Londrina à Superliga na Temporada. "O jogador precisa ter referências em seu estado, não precisar migrar para outros clubes, como ainda acontece no Paraná", diz.

Na seleção que venceu o Sul-Americano no Chile, tem três casos:o líbero Guilherme Kachel (ex-Círculo Militar de Curitiba) e o oposto Rafael Araújo (de Londrina) deixaram os times paranaenses para jogar pelo Sada/Cruzeiro, de Minas Gerais. O ponta Lucas Loh trocou o Toledo pelo Cimed, de Santa Ca­­tarina.

Serviço:

Locais das partidas da Taça Paraná e confrontos no site da Federação Paranaense de Vôlei, no www.voleiparana.com.br.

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