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"Dunga, deixa pra quem sabe!" A gozação de torcedores que assistiam ao fim do treino da seleção brasileira não chegou a provocar constrangimentos entre o treinador e seu auxiliar Jorginho. A amizade entre os dois nasceu há quase duas décadas e está cada vez mais sólida. Mas o pedido insistente do público, localizado atrás dos alambrados da Granja Comary, tinha uma justificativa.

Ex-lateral-direito de rara habilidade, Jorginho acertava quase todos os cruzamentos da linha de fundo para os atacantes Afonso e Vagner Love. Era a parte final do único treino do dia e Dunga, ao lado do auxiliar, começou a ensaiar a mesma jogada. Acertou algumas vezes e errou outras tantas. E a cada cruzamento equivocado do ex-volante da seleção, ouviam-se apelos do lado de fora. "Dunga, deixa o Jorginho cruzar. Ele sabe, você não."

Aos poucos, Dunga caminhou para o meio do campo, como quem quisesse sair do foco dos torcedores. Logo depois, os dois retomavam os cruzamentos do lado oposto, mais afastados da platéia. Dunga continuou acertando menos que Jorginho.

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